quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Uma Noite Colorida


31 de Dezembro! O último dia do ano, que passou a voar! O balanço de 2009 faço rapidamente. Foi um ano muito bom. Com pequenas coisas menos boas pelo meio, senão não tinha piada, mas MUITO positivo, sem dúvida! Amanhã começa o novo ano e hoje, claro há festa!


Esta noite, não há como não pintar o coração de verde, e pedir um novo ano repleto de sucessos, a todos os níveis.

A passagem de ano está cheia de tradições e superstições. Não acredito nestas coisas, mas, tal como nas bruxas, ninguém acredita, mas que as há, há.

As fogueiras que habitualmente se faziam nas aldeias, o barulho, com recurso a tachos e panelas, para afastar os maus espíritos, estrear uma peça de roupa (que muita gente recomenda que sejam cuecas azul-claro), os lençóis da cama novos, as 12 passas durante as 12 badaladas pedindo um desejo por cada uma, subir a uma cadeira com uma moeda na mão, e muitas mais haverá...

Muito importante é a roupa que se veste nesta noite!! Não estou a falar num modelito longo ou curto, justo ou rodado, mas sim na cor da dita roupa, porque dependendo da cor, assim atraíremos uma ou outra coisa no ano seguinte.

Por isso:

Roupa nova - se a intenção é ter sorte no amor, deve vestir-se uma peça de roupa interior nova, pois assim deixa-se para trás todos os mal entendidos.

- Vermelhosignifica, força, amor, paixão, dinamismo - Se quiser muito amor, atrair fortes emoções, paixão e sensualidade.

- Castanho - significa solidez, indica segurança em todos ramos da vida - Se quiser uma melhoria da carreira profissional.

- Amarelo - ilumina traz a coragem para seguir em frente, lembra ouro, dinheiro, riquezas -  Se quiser resolver problemas económicos. Atrai fortuna, sabedoria e estimula a intuição

- Laranja cor contagiante, transborda irradiação e expansão - atrai o sucesso tanto a nível pessoal como profissional

- Preto - É uma cor sóbria - indica o silêncio.

- Branco - símbolo da paz, representa harmonia, sabedoria e transcendência - se quer paz, luz e prosperidade,

- Prateado - cor das incertezas - revela o desejo de espiritualidade

- Lilás - a cor dos pensadores, ligada à intelegência, inspiração e estabilidade - se anseia por um ano de grande reflexão e serenidade
 
- Verde - a cor da natureza, representa a sua energia, equilíbrio, dinamismo e renovação - se quiser muita saúde e harmonia

- Azul - é a cor da maturidade, símbolo do Céu e do Mar - confere tranquilidade, saúde e sorte. Para quem quer melhorar a comunicação com os outros.

Agora é só escolher. Se dá resultado ou não, não sei, mas não vale a pena dar sorte ao azar. Por isso, vou ter de arranjar um vestido às cores. E vocês, que cor escolheriam? Isto não é só válido para as senhoras, os senhores também convém irem vestidos!

O que interessa é entrar no novo ano rodeados pela família e/ou amigos, com muita alegria e esperança no novo ano!








Desejo a todos o mesmo que desejo para mim: muita saúde (nunca é demais) , muita paz (um dos ingredientes principais da vida, na minha opinião) e muito amor (em todas as suas formas).


FELIZ 2010!!!









quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Conversas Prozac VIII

                                 Não pensem que me levam na conversa!!

Quem disse "tem cuidado com o que pedes porque se pode concetizar, tinha a sua razão. Durante anos, uma das minhas grandes preocupações foi o meu filho não comer. As refeições eram um tormento. Ele não comia mesmo. Usava vários truques, incluindo armazenar a comida na boca até as bochechas não esticarem mais. Em Agosto deste ano, deve ter passado algum cometa não identificado por aqui porque, de um dia para o outro, soltou-se o apetite e começou a comer como se não houvesse amanhã. Agora anda sempre com fome. Se os kg que engordou inicialmente me alegraram... tudo tem um limite e agora está a ficar um bocadinho... redondinho.

Ontem cheguei tarde do trabalho. Ele já tinha jantado e, como tinha combinado jantar com uns amigos, levei-o comigo. Acabadinho de jantar, já estava cheio de fome, dizia ele, e a preparar-se para atacar a comida.

Eu - Não vais comer outra vez, P..
Prozac - Tenho fome.
Eu - Já jantaste, filho. E comeste bem, que a Vóvó disse-me.
P - Mas tenho fome.R. - Ele está mesmo a ficar gordinho. 
P - (encolher de ombros e mais uma coisa que desapareceu da travessa)
R. - Não é bom engordar muito. 
P. - Porquê?
R. - Porque faz mal. E ficas mais bonito assim. Olha, se o T. (o filho dele) fosse muito gordinho, não ia conseguir fazer as corridas contigo. Eu não queria ser gordo. Se eu fosse muito gordinho ias gostar de me ver?
P. - Eu gosto de cada pessoa como ela é.

Não conseguiu argumentar esta. Claro que ele disse aquilo só para não o chatearmos mais, mas pode ser que aprenda a fazê-lo pela vida fora.

By The Way XLIV

Descobri este CD e agora pareço um disco riscado...


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

By The Way XLIII



Porque a música não é apenas notas soltas. Porque há músicas lindas. Porque há músicas que contêm mensagens que vale a pena ouvir.




.....................
People rise together
When they believe in tomorrow
Change the day to forever
This life keeps movin'

Open your mind and see
We have everything we need
Dream or reality
Fulfill its destiny

In everyway
You need to let go
You'll see all your dreams will follow
.........................

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O "meu" Audi


Estes senhores não me ligaram nada. Nem uma resposta, nem uma encomenda, nada.

Mas, e como podemos sempre sonhar, posso dizer-vos que tenho um Audi R8 muito lindo na minha prateleira!

Além de ser o meu carro preferido da Audi, e precisamente da cor que eu queria, não polui o ambiente e é Lindo!

Resoluções 2010 - II



Depois de ver isto, tomei a segunda resolução para 2010: elaborar a ementa para Janeiro.

Pequeno-almoço - 2 chávenas de chá verde;
Almoço - 1 pratinho de sopa;
Lanche - 2 chávenas de chá verde;
Jantar - 1 folha de alface, sem tempero;
Ceia - ahah! Nem pensar!

Ou simplesmente fechar a porta da cozinha e deitar a chave fora!

Resoluções para 2010 - I


Isto é, no mínimo, assustador.

# Os meus estimados amigos que ainda têm o péssimo hábito de não reciclar, vão receber um belo ecoponto para as suas casas. E que não me venham com a história que o ecoponto mais próximo fica a 100 ou 200 metros de casa! Se quiserem, levam uns patins ou umas sapatilhas como brinde.

# Ir à baixa, a partir de agora, só de metro.

Sonhos e Balanços


Nesta altura do ano, os balanços não se resumem às lojas e empresas. Estende-se a nós próprios. Em cada passagem de ano, doze é o número de passas que se podem (devem) comer. Doze os desejos que se podem pedir. Por mais que diga que me vou lembrar de mais, acabo todos os anos a repetir os desejos, a partir do terceiro. Tenho cá para mim que se pedir mais vezes, terá um efeito reforçado, mas na verdade não é por isso que os repito, mas sim por serem os únicos, e que são precisos todos os anos. O resto, dependerá mais de mim do que de qualquer conspiração das energias cósmicas.

Objectivos cumpridos e não cumpridos, metas alcançadas, ainda a alcançar ou que se tornaram ultrapassadas,  sonhos sonhados, cumpridos, adiados, perdidos, tudo entra nesta equação. Faz-se o balanço, positivo ou não. Reorganizam-se os sonhos e objectivos, estabelecem-se novas metas e entramos com o pé direito no novo ano.

Tentamos não sonhar demasiado, não estabelecer metas muito altas. Assim, será mais fácil chegar ao final do ano e pensar: consegui! Mas consegui mesmo? Mesmo ficando aquém de mim? Será assim tão mau sonhar, sonhar alto?

Penso que, às vezes, o difícil é ousar sonhar. Quantas vezes não nos rimos de nós próprios quando sonhamos? Como se tivessemos receio de sonhar, por nos parecer um sonho demasiado grande? É mais fácil pensar não sou capaz. Tem um efeito mais imediato e, de certa forma, desculpamo-nos um pouco com as nossas limitações, que nos impedem de alcançar esses objectivos. 

Lembram-se da Susan Boyle? Eu acho que é o exemplo perfeito de quem ousou sonhar. Tinha o talento, mas não tinha muitas outras coisas (que em muitos casos se sobrepõem ao talento). Poderia ter ficado quieta no canto dela, com o seu dom. Não se desiludiria. Não correria esse risco. Mas sonhou, e ousou sonhar. Sonhou um sonho. E chegou .

Penso que mesmo quando nos rimos da possibilidade de realizar um sonho que nos pareça demasiado grande, ele fica cá dentro. Fica ali, latente, à espera. Entre a possibilidade de nos desiludirmos e a realidade de podermos concretizá-lo, a escolha deveria ser fácil.

Ousar sonhar é o primeiro passo.

I dream a dream...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Life is like a box of chocolates




"Life is like a box of chocolates. You never know what you're gonna get!"
In Forest Gump

A frase é bonita. Doce. Ingénua. Tal como o Tom Hanks em Forrest Gump. Era o que eu pensava sempre que a ouvia ou lia. Se eu comprar uma caixa de Ferrero ou uma caixa dos meus bombons de perdição, sei exactamente o que vou obter (uns bons momentos em que a tentação vence sempre e os bombons desaparecem), ou seja, sei exactamente que bombons estão lá. Se não for muito dada a mudanças, posso comprar sempre a mesma marca. Assim, não correrei o risco de comprar alguns que poderão ir direitinhos para o lixo porque não gosto, que me poderão fazer mal por não tolerar ou ser alérgica a algum ingrediente. Posso até sentir-me muito confortável assim. Não há dissabores, não há surpresas más. Também não há surpresas boas, mas nesta possibilidade nunca pensamos.   Olho, de vez em quando para os que estão ao lado, na prateleira. Até me atraem o olhar, têm um aspecto delicioso, mas... e se não gostar? E se me fizerem mal? Então, trago os mesmos de sempre. I always know what i'm gonna get.

Mas, de vez em quando, a vida oferece-nos bombons. Uma caixinha de bombons que não conhecemos. Alguns até vêm em caixas em que não se consegue ver o conteúdo. Outros parecem uns bombons normalíssimos, comuns, mas quando os provamos, o seu conteúdo surpreende-nos. Ficamos como uma criança que descobre o chocolate pela primeira vez. Surpreendemo-nos com a nossa descoberta, e, ao contrário do que pensávamos, ficamos com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos perante a surpresa. A nossa habitual relutância em relação ao desconhecido transforma-se numa curiosidade quase infantil. Quase temos medo de lhes tocar, com receio que desapareçam, que não sejam reais. We don´t know what we're gonna get, mas queremos descobrir... e isso surpreende-nos quase tanto como a caixinha de bombons.

By The Way XLII

Um dia daqueles

Esta foi uma das prendas de Natal que ofereci, na versão livro, a uma colega de trabalho. Um livro muito engraçado  :).



Música: All the Same - Sick Puppies

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ideias luminosas


Ainda dizem que não há imaginação no nosso país?

Separadores centrais são para as autoestradas? Quem disse? Tudo é uma questão de prioridades. O alinhamento dos postes tem de ser perfeito. A rua podia ter sido feita 5 metros acima? Poder, podia, mas não era a mesma coisa!





Uma linha recta tem de permanecer uma linha recta, dê por onde der.  No meio da passadeira? Perfeito! Assim não o atropelam, nem os cães o usam para quarto de banho...


Os ingredientes certos...


Uma vez fiz um cheesecake com natas light, queijo light, açúcar light, tudo light. Não ficou mau de todo mas era igual? Não, não era. Cheguei à conclusão que valia mais uma fatia (alargada) do cheesecake normal do que o cheesecake light inteiro. Os ingredientes certos fazem a diferença.

Com o Natal acontece exactamente a mesma coisa. Andava eu a tentar apanhar o espírito natalício aqui e ali, sem sucesso algum. Precisava dos ingredientes certos: a terrinha lá no fim do mundo, a casa onde passei quase todos os Natais, muito frio, a lareira de sempre, as rabanadas da tia A., que todos os anos, nunca estiveram como este ano, e, mais importante que tudo, a minha família. A confusão, quando começam a chegar uns atrás dos outros, as conversas, os risos, os meus sobrinhos a saltar-me para o colo, os abraços, ... , sentir que continuamos a ser uma família. Efeito imediato. Apesar da minha função ser tomar conta das crianças, sinto-me transportada para quando era eu criança. Desse tempo, faltam, fisicamente, duas das pessoas mais importantes da minha vida. Não estão comigo mas estão em mim, e estarão sempre.

Algumas tradições foram-se perdendo, mas outras continuam iguais, como as batatas e as couves cozidas no pote na lareira, o pão doce, a açorda de bacalhau que a minha tia continua a fazer para mim. Não há como convencê-la que não quero. Não sou muito fã de açorda. Durante o ano inteiro, é prato que não se senta à minha mesa, mas a açorda de bacalhau na véspera de Natal era um petisco. A minha tia faz aquilo com tanto carinho, para mim, não dando a receita a mais ninguém, "quando ela vier cá, ela come", que não tenho coragem de dizer que não consigo comer nem mais uma migalha.  Ver a satisfação dela compensa as corridas a mais que vou ter de fazer, em Janeiro, porque agora está muito frio!

Os miúdos são reis e o Pai Natal também passa por aqui. Eu e os meus primos começamos uma tradição nova, em que damos uma prenda na brincadeira a quem nos saiu em sorteio. Tornou-se um dos momentos mais divertidos da noite. A "prenda" acompanhada de um pequeno texto ou verso em que, antes de se dizer o nome do destinatário, temos de tentar adivinhar quem é. A ti, meu querido primo R., só te digo que a vingança vai ser terrível!! Para o ano espero que me saias tu :).

E assim foi o Natal, mais uma fatia deliciosa. Comparar a vida com um bolo será, talvez, pouco poético. Mas a verdade é que me sinto afortunada por ter nascido aqui, por ter a sorte, a IMENSA sorte, de ter tantos ingredientes saborosos, verdadeiros, que os mais amargos e azedos se vão dissipando e perdendo a importância.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

By The Way - FELIZ NATAL


Feliz Natal para todos. Vamos esquecer por umas horas tristezas, desilusões! Temos o ano todo para isso :). Vamos receber esta noite com os braços abertos e o coração de uma criança!*

A todos que têm paciência para vir aqui de vez em quando, e aos que não têm também, desejo um NATAL MUITO FELIZ. Que o verdadeiro espírito desta época consiga encontrar o caminho para cada um de vocês, e traga com ele toda a felicidade.

Obrigada a todos, pelo carinho, pela (porque não chamá-la assim) amizade. Como dizia alguém, toda a gente que passa na nossa vida deixa algo... Deixaram muito, e agradeço-vos do fundo do coração por isso.

E, já agora, façam favor de ser felizes!

* Como eu gosto de ouvir a minha mãe dizer: não sei quem é mais criança, tu ou eles :))).




O S. Pedro não gosta muito de mim, eu sei disso e ele também. Durante a noite o temporal foi muito e cheguei a recear não poder vir a casa no Natal. Felizmente, alguém com mais credibilidade do que eu junto do S. Pedro deve ter pedido um bocadinho de tempo melhor. Obrigada! :).

...


Porque me ensinaste muito,
Ainda que eu não tenha aprendido tudo,
Imagino-te aqui, hoje, comigo.

Tenho esperança que um dia
A minha alma consiga captar
Toda a cor...

Sempre me lembro que estavas presente.
Quando estava triste
Era a ti que procurava
Para aliviar a minha dor.
Era contigo que pintava
Coisas lindas como a relva
Ou uma menina de camisola verde.

Nunca esqueci que éramos companheiros,
Que eras o lápis mais bonito,
Mais iluminado,
Que me fazia pintar a alegria.

Já não te tenho, lápis verde,
Mas acredito que a vida
Continua da tua cor.
E os traços que pinto
Têm a tua esperança...

Já é dia 24! Era o teu aniversário! Saudades de te dar um abraço! Tantas! Do bolo-rei com velas! Do teu carinho, das tuas palavras, da tua calma, da tua fé, de te ouvir tratar-me por aquele diminutivo que não deixava mais ninguém tratar-me. Foste, sem dúvida alguma, a pessoa mais doce que eu conheci. Obrigada! Por teres acreditado sempre em mim, por nunca me teres cobrado nada. Orgulho, muito, em ser tua filha!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Coisa mais linda!


Ainda não estou a 100%, mas 100000000000% fartinha de estar em casa, estava! Para variar dos jantares de Natal, almoço de Natal. A este não podia faltar. Com a correria do dia-a-dia, não temos tempo para estar com todos os que gostamos. Mas de vez em quando temos de estar. Não é que deixemos de ser amigos se não estivermos, claro que não, mas é bom, muito bom, podermos estar pessoalmente com eles. Do tempo da faculdade, ficaram alguns amigos/as que se mantêm até hoje. Não somos muitos, é verdade, mas somos bons (presunção e água benta...). Alguns não moram nem trabalham por aqui, mas fazemos questão de manter estes momentos.

Foi muito bom. Muito bom mesmo. A conversa ao almoço dava para um post, que deixo para depois. Às vezes duvido que passaram tantos anos. Acho que continuamos os mesmos de sempre, ou então é o facto de estarmos juntos que nos transforma em crianças. O que eu me diverti!! A inevitável fase do lembras-te? Há coisas que não se conseguem esquecer. Bons momentos que partilhamos.

Da troca, não de prendas, mas de lembranças, tocou-me uma coisinha muito linda! A minha foi um despertador muito barulhento, ou a destinatária não continuasse a andar sempre atrasada,  acompanhado duns víruzitos!

Não é a coisa mais linda?


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal


Já não escrevo ao Pai Natal há muito tempo. Como não faz mal ser criança de vez em quando, em resposta ao desafio da  Sonhadora, vou ver se ainda sei como se faz.


Querido Pai Natal

Esta minha carta para ti, não é bem uma carta. É mais um pedido de esclarecimento. Dizem por aí que tu não existes. Era capaz de jurar que existes, mas com tanta gente a dizer o contrário, fico com dúvidas. Já tenho esta dúvida, e mais algumas também, há bastante tempo.

Quando era pequenina, escrevia ao menino Jesus, mas eras tu que trazias as prendas. Não percebia muito bem isto, mas como o menino era tão pequenino, compreendia que precisava de ajuda. Eu escrevia para ele e ele passava as encomendas, porque as crianças não devem trabalhar. Tinha lógica. Na véspera de Natal, não ia dormir sem contar rigorosamente quantas rabanadas havia na mesa, sem tirar as medidas ao bolo-rei e à garrafa de vinho do Porto. Nunca percebi porque é que a minha Mãe não me deixava nunca acabar de contar os pinhões. Não devias gostar, se calhar. Durante a noite, lutava como podia contra o sono, sempre à espera de ouvir o trenó. Ouvi-o algumas vezes, disso tenho a certeza. Na manhã do dia de Natal, não me atrevia a ir à cozinha sem primeiro verificar que havia menos uma ou duas rabanadas ou que o bolo-rei estava mais pequeno. Era sinal que tinhas passado por ali e tinha uma prendinha à minha espera.

Não percebia porque é que todos os anos pedia uns sapatos cor-de-rosa e eles nunca chegavam. Primeiro achei que não tinha dito o meu número na carta, mas depois tive o cuidado de o mandar. Mesmo assim, cor-de-rosa, nem vê-lo. Mas tinha uma explicação. Devia portar-me sempre bem, e isso nem sempre acontecia. No ano em que comi os berlindes do meu irmão, seria justificado, apesar de ele me ter arrancado os braços, as pernas e as cabeças às bonecas. Está certo que não brincava muito com elas, mas não mereciam tal sorte. No ano em que estraguei o vestido da minha mãe para fazer uma bandeira, também. Afinal, o vestido era novo, mas precisava mesmo daquele tecido, daquela cor, para fazer a bandeira. Além disso, o modelo que ficou podia ser assinado pela Fátima Lopes. Fosse hoje e teria um prémio. Nos outros anos, não me lembro de coisas graves, mas devo ter feito coisas que não devia, o que justificava a ausência dos sapatos cor-de-rosa. Talvez ficassem bem com os vestidos que a minha mãe me queria vestir e eu não deixava. Talvez a tinta cor-de-rosa tivesse acabado. Devia haver muita gente a pedir coisas cor-de-rosa.

Agora, já não quero sapatos cor-de-rosa. Confesso que me dava muito jeito existires, não só para me aliviares um bocadinho das compras que tenho de fazer, mas porque podia também pedir o que eu quero. Não são muitas coisas, mas não são fáceis de encontrar, porque não se vendem nas lojas. Tu sabes o que eu quero. O mesmo que pedi noutros anos. Continuo a repetir os pedidos. Se não for possível melhor, pelo menos um ano como este. Para o ano posso sempre repetir os mesmos pedidos. Tens ouvido alguns, eu sei, e o facto é que a lista vai diminuindo.

Continuo à espera que me digas que existes. Estranho como as pessoas não acreditam! Não acreditam e não vêem que existes, em cada um de nós. Talvez porque começaram a ver só a parte do Pai Natal que dá prendas. Esqueceram-se que dás as prendas que fazes. Esqueceram-se que mais importante que as prendas, as muitas prendas, está o que damos sem ser comprado, o que não quer dizer que não possa ter uns laçarotes para ajudar a colorir a vida. Laços de união entre as pessoas, laços de carinho, laços de preocupação para com o outro, laços de amizade. Esqueceram-se que não podemos só esperar isso dos outros, também temos de dar. Esqueceram-se que o Pai Natal recebe sempre um sorriso, seja das crianças, seja dos adultos. Esqueceram-se que Natal significa nascimento.

Não precisas de me responder, Pai Natal. Deves estar atarefado nesta altura, ou talvez triste por não acreditarem em ti. Mas tenho a certeza que não vai ser por isso que não vais aparecer este ano.

Recebe muitos beijinhos
Nirvana

PS- Já agora, podias dizer-me se o meu Prozac acredita no Pai-Natal, naquele que vive na Lapónia? É que eu acho que ele anda a tentar convencer-me que acredita, com a conversa de que vimos a casa do Pai Natal, e aquela mesa tãããõoo alta, para eu não ter coragem de não lhe dar aquele jogo que ele quer.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Acho...




Não tenho a certeza, mas acho que quem inventou os anti-histamínicos devia ser dono de uma fábrica de colchões!!


By The Way XL


Consegui. Consegui ficar doente*. O que é muito bom nesta altura! Pelo menos o tempo está tão bom que ficar em casa não parecia assim tão mau.

Até pode ser muito bom ficar em casa, mas não estou a achar graça nenhuma. Não resisti a sair um bocadinho de manhã. O tempo passa devagar, devagarinho. Umas chávenas de chá de maçã e canela (devia ser limão ou qualquer coisa com mel, muito mel, se eu conseguisse tomá-lo, claro), um livro que já acabei (pequeno em tamanho mas grande em conteúdo), muito sono graças à medicação para não acabar com a reserva nacional de lenços de papel, televisão desligada porque não dá nada de jeito (devia ter trazido mais uns filmes para ver ;)), e música, sempre.
Vá lá, Pai Natal, eu sei que ainda não te escrevi, mas vou escrever. Dá-me uma prendinha antecipada e faz com que fique boa num instante.

*Não é gripe A. Ainda não foi desta.

São repetentes, mas não me canso de os ouvir.


sábado, 19 de dezembro de 2009



Quem disse que a vida tem de ser cinzenta?

Uma questão de paciência... desafio a superar


Penso que todos nós temos pelo menos alguma noção do que somos, das nossas características boas ou más, mais habitualmente chamadas "qualidades" ou "defeitos". Prefiro chamar-lhe características, porque qualidade e defeito parecem-me mais adequadas para descrever tecidos ou louça de boa qualidade ou com defeito.

No meio de algumas características más, havia uma que me dava muito jeito: a paciência. Sou uma pessoa com muita paciência, pachorra, ou como lhe quiser chamar. "Eh, pá, isso só para a tua pachorra" é uma frase que ouvia muitas vezes. Paciência não é sinónimo de passividade. Não gosto e não deixo que me pisem, e quando o conseguem fazer, a tampa salta mesmo. Mas não me conseguem irritar ou chatear com facilidade. Não perco o meu tempo e energia a explicar o que não entendem, e muitas vezes ponho na versão ignore certos comentários porque simplesmente não vale a pena...

Receio estar a perder esta característica. Ando mesmo sem paciência. Se primeiro era capaz de respirar fundo e responder calmamente, ultimamente têm-me saído umas respostas mais "inspiradas". E não estou a gostar. Por isso, resolvi treinar a minha paciência.

Desafio1: Conseguir não me irritar com uma colega que é muito, mas mesmo muito irritante. Desafio superado. Hoje, pelo menos.

Desafio 2: Não abrir uma única prenda até ao dia de Natal. Deixá-las quietinhas debaixo da árvore. Olhar para lá todos os dias e nem espreitar. Mesmo as que me vão dando no trabalho, ou amigos, levar para casa e não abrir. Nem espreitar. Está a custar. Já arranjei uma quantas razões para as abrir e arrumar. Estão a ocupar espaço... Podem ser coisas que se estraguem... até agora, estou a cumprir. Mas ainda falta uma semana. Principalmente uma que estou mortinha por tirar de lá. Não pela novidade, porque sei o que é, mas porque ficava muito melhor em mim do que na caixa. Mas... paciência!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sei que passas aqui de vez em quando...



Há alturas na vida em que temos plena consciência daquilo que somos, do que queremos, dos nossos objectivos e como os concretizar. Acho que a primeira vez ocorre por volta dos 5-6 anos, quando já conseguimos ter a capacidade de abstracção, pensar no amanhã como amanhã. Nessa altura somos nós, o centro, e o resto, o mundo. Não questionamos quem somos. Sabemos quem somos e respondemos prontamente, com nome, idade e morada quando nos perguntam "quem és?" Os objectivos passam por deitar depois das nove, não comer a sopa, ter aquela bicicleta linda ou dar um pontapé ao Joãozinho, que me puxou o cabelo hoje. Anos mais tarde, parecerão objectivos banais e iremos rir-nos deles. Mas naquela altura, eram grandes. Ou o Joãozinho não tivesse o dobro do nosso tamanho! Mas nada nem ninguém abala a confiança em nós ou na concretização desses objectivos. Sabemos de quem gostamos e de quem nem gostamos. Somos espertos o suficiente para gostarmos de quem nos trata bem e gosta de nós.

Crescemos e começamos a dar nomes diferentes aos objectivos. A uns, continuamos a chamar objectivos. A outros, chamamos sonhos. Aprendemos as respostas para as nossas perguntas. Surgem novas perguntas, que muitas vezes, arrasam com as respostas que tinhamos aprendido, e connosco também. Aprendemos de novo. Aprendemos, re-aprendemos tantas vezes que às vezes nos perdemos no meio disto tudo. Já não sabemos quem somos, e muito menos para onde vamos. Até o de onde vimos fica incerto. Deixamos que nos limitem os sonhos. Deixamos que nos limitem a nós. O Joãozinho, embora do nosso tamanho, parece-nos enorme. Tornamo-lo enorme, ao tornarmo-nos pequeninos. Se em pequenos fazerem-nos sentir bem era condição essencial para não fugirmos a sete pés, em adultos as artroses tomam conta dos joelhos e ficamos no mesmo sítio. Deixamos de ser o centro, não do mundo, mas de nós próprios. Deixamos que nos roubem o ar e o espaço. Deixamos que o nosso amor por alguém nos faça perder o amor por nós. Ficamos presos ao que chamamos amor.

Mas o amor não é uma prisão, nem deve ser. O amor deve ser a chave, um open space onde podemos ser tudo o que queremos. Onde podemos ser nós próprios. Onde podemos crescer, juntos.

O amor não é uma competição, um braço de ferro entre vontades. O amor deve ser a vontade. Vontade de ser e fazer ser.

O amor não gera medo, afasta-o. O amor gera confiança em nós e no outro. O amor dá-nos confiança.

O amor não é egoísta, não significa sermos um, desde que o um seja eu. O amor é partilha. O outro é o que é, ama aquilo que ama, quer aquilo que quer e não aquilo que queremos que ele seja ou sinta ou queira. Tem que ser ele próprio nas suas próprias decisões e opções. O amor pelo outro não deve matar o amor por nós. O amor não rouba a essência da pessoa, não molda, o amor embeleza.

O amor não é cobrável (ou, seguramente não passaria sem pagar imposto), simplesmente existe. O amor não se exige, não é medido em abraços, beijos, palavras, gestos, simplesmente porque não se contam, dão-se apenas. No amor, dar é uma forma de receber. O amor é simples.

A tua cara não me sai do pensamento hoje.  Vamos lá limpar essas lágrimas, quero voltar a ver o teu sorriso. Quero ver-te acreditar em ti. Quero ver-te feliz. Quero voltar a ver a minha amiga criança. Quero ver-te dançar. Clica aqui, hoje sou eu que ponho esta música para ti.

By The Way XXXVIII




Maybe sometimes,
we feel afraid, but it's alright.
The more you stay the same,
the more they seem to change.
Don't you think it's strange?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Conversas Prozac VII


Sábado, dia de jantar de Natal das amigas

- Mamã,  onde é que vais assim?
- A mamã hoje vai jantar fora, filhote.
- Também vou :))
- Hoje não podes, P.. É um jantar só de mulheres.*  
........................

- Então, tu  também não podes ir.
- Porquê?
- Tu não és mulher, és senhora.
- Ai sim?? E qual é a diferença?
- As senhoras são mais bem-educadas.

* Não sei onde ele vai buscar estas ideias.
* *Houve uma altura em que me sentia muito mal por sair sem o meu Prozac. Ou ia a sítios onde o podia levar, ou não ia. Hoje, não acho que seja má mãe por sair de vez em quando, sem ele. Claro que ele não fica sózinho em casa, fica com a avó que, diga-se de passagem, lhe faz as vontades todas.

sábado, 12 de dezembro de 2009

E agora é xícara


"Uma xícara de pensamentos". Era isto que estava aqui escrito, no monitor, quando abri a página. Efeito Prozac. Apesar de ter optado por um nome em inglês, naquela altura em que temos de dar um nome à casa, em que os que nos ocorrem já estão todos usados, acho que o português é das línguas mais ricas e complexas do mundo. Mas xícara de pensamentos não me soa muito bem. Traduzissem por chávena, por exemplo, e até não ficaria mal.

Isto leva-me a pensar que, se para um simples objecto podemos usar os termos chávena, xícara, caneca, como podemos ter a ilusão que coisas bem mais complexas possam ter apenas uma palavra para a designar? Tivessem as palavras amizade, amor, respeito, tolerância, apenas uma designação e tudo seria bem mais simples. Assim, quando dissessem sou teu amigo, não quereriam dizer dá-me jeito ser teu amigo agora, depois vê-se. Quando dissessem tolerância, não quereriam dizer tolero aquilo com que concordo e não interfere minimamente com o meu bem estar. Quando dissessem respeito, não quereriam dizer respeito aqueles que não posso não respeitar, quando dissessem amo-te, não quereriam dizer usei a palavra mágica, garantido, ou  acomodei-me. O mesmo acontecendo com todas as outras palavras que traduzem algo mais que objectos.

Mas uma xícara é uma xícara e estou com um pequeno problema em relação às xícaras. Há uns anos, comecei a "coleccionar" canecas que trazia dos sítios onde visitava. Ia trazendo uma e depois outra, e usando conforme me apetecia. Hoje apetece-me um café à Florença, ou à Barcelona, ou à Lisboa. A verdade é que a colecção foi aumentando, não apenas à custa das que eu trazia, mas  à custa das que me traziam os meus amigos. Amigo que viajava para qualquer sítio era igual a canequinha no armário. Que eu agradeço, porque são lindas e o armário parece um mapa, mas começo a ter um pequeno problema de espaço...

Acho que vou começar a anunciar que comecei a coleccionar outras coisas e, por acaso, ocorrem-me umas ideias bem interessantes :).

By The Way XXXVII

Are we?


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pimenta nos olhos dos outros é refresco


Há pessoas que me conseguem deixar sem palavras, o que não é muito fácil, diga-se de passagem. Principalmente quando são completamente estúpidas (desculpem o termo) e merecem uma resposta à altura.

Pessoas que se acham tão correctas, tão donas da verdade, tão compostinhas, que são capazes de se julgarem suficientemente boas e superiores para criticarem os outros.

Falei aqui da Carmen. A Carmen ainda não tem um dador compatível. A Carmen apareceu nas revistas. A Carmen apareceu hoje no noticiário, enquanto tomávamos café. E há quem consiga pensar que é "mediatismo irritante", que "estar a trazer para a rua a doença é triste e vergonhoso", "já não chegava a Maddie". Mediatismo irritante é saber quantas vezes o Cristiano Ronaldo vai ao quarto de banho, ou quantos namorados tem a Elsa Raposo. Vergonha é enganar, roubar, matar, e dizer certas coisas pela boca fora. A Maddie, bem, a Maddie é outra história.

Não consigo sequer imaginar a angústia daqueles pais. Não consigo imaginar o que pensa uma criança de quatro anos sobre a sua doença. Se consegue ter realmente noção que está tão doente. Se consegue entender as consequências da sua doença.  E, se a maneira de alertar as pessoas, a maneira de pedir ajuda (muito diferente de levar a doença para a rua) é apelar às pessoas, usar os meios que têm, procurar os que não têm, o que há para apontar? A vontade que haja uma solução? A esperança?

Não consigo imaginar-me no lugar daqueles pais. Consigo pensar, sim, que se fosse meu filho, faria tudo, mas mesmo tudo para tentar encontrar uma solução. Iria até ao fim do mundo.
 
Fácil é falar, calmamente, enquanto se toma um café, enquanto os filhos, saudáveis, estão em casa (e ainda bem que estão saudáveis). Imperturbável, ainda vá, o que nos pode perturbar varia. Há quem se emocione com um casaco de 5000 euros. Que não se sinta vontade de ajudar, ainda vá. Agora que se critique uns Pais por não ficarem de braços cruzados... é, pimenta nos olhos dos outros é refresco!

By The Way XXXVI


Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde, dizem (não me acredito que faça crescer depois de uma determinada idade).
As pessoas educam-se, dizem.
Começar a deitar mais cedo, mesmo sem sono, é capaz de ser uma boa ideia, digo.
Afinal, hoje ainda custou mais acordar. Acho que vou demorar algum tempo a educar-me.
Entretanto, vamos lá acordar de vez!




Hey, we got to make some time for the stuff that you can't buy...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Coisas engraçadas - ideal para quem tiver muito sono

Uma questão de português...


Para que servem os feriados


Para que servem os feriados? Para descansar, digo eu. Errado. Um feriado começa às 7 horas, com alguém a saltar na nossa cama: "Acorda, acorda, temos de fazer a árvore! Siimmm, já estou acordada!! "Hora de levantar"... Mais uns minutinhos de preguiça, negociados e com direito a suborno. Ficar no quentinho a ver televisão. Consegui mais uma hora, até adormeci outra vez, para ser acordada novamente, desta vez com uma chávena de café. Pois é, hoje foi dia do sr. Prozac fazer o pequeno-almoço. Cereais para os dois, para não complicar. E café para mim.

Não sei se é comodismo, preguiça, ou desalento, mas a verdade é que este ano ainda não me convenci que estamos tão perto do Natal. Toda aquela magia que envolvia o Natal começa a diminuir, mas para as crianças continua a ser mágico. E a verdade é que foi uma manhã muito bem passada, com enfeites, abraços, beijos, música e dança. A parte inferior da árvore está bastante mais preenchida do que a superior, mas está bonita.

A árvore está feita. O presépio também. Os outros enfeites e velas de Natal distribuídos pela casa. Começa a cheirar a Natal, por aqui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Aprovado (post no feminino)

 
...No feminino, que é como quem diz, coisas de gaja, mas verdade verdadinha, não é palavra que me soe bem.

"A felicidade encontra-se nos pequenos detalhes. Começa com o sentir-se bem, apreciando intensamente as coisas normais. E a nossa paixão é transformar todas as pequenas rotinas diárias em rituais especiais. Simplesmente parar um momento e relaxar com um bom banho, uma chávena de chá ou uma massagem especial. E assim o que era especial volta a ser verdadeiramente especial. Para a felicidade de todos os dias!"

Isto é o que se lê mal se entra nesta loja. Marketing, bem sei, mas a verdade é que tem o efeito desejado.  Fraca me confesso, mas não consigo ir ao shopping sem passar lá, para ver a montra, digo eu, mas não sei bem porquê, nunca se consegue ver muito bem, e há que entrar. Gosto imenso dos produtos, embora ainda não tenha experimentado tudo. Entre espumas de duche e banho, cremes,  velas, óleos, chás, viaja-se por um mundo de cores e aromas. Um ritual, uma pequena pausa na visita ao shopping, tarefa para a qual cada vez tenho menos paciência. E porque merecemos mimar-nos um bocadinho!

A semana passada comprei umas coisas para oferecer... é o que dá estar em casa... decidi experimentar uma ou outra prenda. Verdade seja dita que ainda não conhecia, e será muito melhor oferecer depois de ter conhecimento de causa!! Aprovadíssimos.

Como os Homens (alguns, pelo menos) merecem uns mimos, também há umas coisitas para eles.

E agora, lá terei de ir outra vez repôr as prendas...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Nouvelle Vague @ Porto




Ontem foi dia de ouvir boa música. Apesar de conhecer o trabalho dos Nouvelle Vague, e esperar um bom espetáculo, conseguiram superar as minhas expectativas com a sua prestação ao vivo. Dizer que arrebataram o público é pouco. Dizer que foram excelentes, é pouco também. Soberba, é a palavra que me ocorre, mas mesmo assim não lhes faz justiça.

Gerald no seu melhor.


Quase a ser mamã (en)cantou.


Uma actuação brilhante de Nadeah

sábado, 5 de dezembro de 2009

Traduzindo

Alguém consegue traduzir isto?



Vingança, palavra perigosa



Há coisas que não consigo entender. Cada um sabe de si, e cada um faz da sua vida o que quiser, mas custa-me ver pessoas desperdiçarem anos e anos da sua vida por nada, vivendo um estado doentio de desejo de vingança, segundo as suas próprias palavras. Na minha opinião, que vale apenas o que vale, acabam por não viver a sua vida, vivem a dos outros, ou melhor, não vivem nenhuma.

Um relacionamento dura o que dura. Admiro aqueles que conseguem manter um relacionamento saudável uma vida inteira. Como eu gosto de ver pessoas mais idosas de mão dada na rua! Acho uma ternura. E quando são mesmo assim bem idosos, apetece-me ir ao pé deles e dar-lhes um beijo. Mas nem sempre isso acontece, e, quando não acontece e um relacionamento termina, sentimentos de rancor e desejo de vingança, numa primeira fase até poderão ser, se não saudáveis, pelo menos compreensíveis. Alimentar estes sentimentos apenas tornará infeliz a própria pessoa. Porque a outra pessoa continuará em frente, irá refazer a sua vida, e, quando muito terá pela outra sentimentos de pena ou desprezo.

Cada vida é uma vida, cada pessoa tem a sua história, e muitas não são fáceis. Há pessoas difíceis de esquecer, mágoas que parecem superiores ao que se pode suportar, vontade de estrangular alguém que tem de se reprimir. Quantos mais casos eu vejo, mais me convenço que, se queres conhecer alguém, separa-te dela(e), mas adoptar como objectivo de vida a vingança parece-me perigoso. Manter esse objectivo anos a fio, faz-me muita confusão.

Dizem que a vingança é um prato que se serve frio. Não acho muito boa ideia, mas quem sou eu para contrariar uma frase com séculos de existência? Penso que é muito melhor dizer tudo o que se tem a dizer no momento. Depois, perde a razão de ser, e o momento também. Penso para mim também, como será essa vingança.
 
A vingança poderá ter de ser servida fria, mas nesse entretanto, o efeito será congelar uma vida que deixa de ser vivida.

Só me apetece gritar-lhe aos ouvidos, porque quando se quer é possível ficar-se temporariamente surdo, "Acorda!! A melhor vingança seria seres feliz."