terça-feira, 30 de junho de 2009

Saudade



Às vezes sentimos tanto a falta de alguém, que só nos apetece tirar essa pessoa do nosso pensamento e abraçá-la, bem forte. Matar anos de saudades. Poder ouvir a sua voz mais uma vez, poder ouvir os seus conselhos, as suas histórias, poder sentar-me no seu colo mais uma vez. Poder fazê-lo sorrir mais uma vez, com um dos meus disparates. Só mais uma vez. Falta sempre mais essa vez. E se tivesse essa, faltaria mesmo assim, mais uma vez.


O meu Pai era uma pessoa um pouco reservada, séria, 15 anos mais velho do que a minha Mãe. Ela, uma verdadeira força da natureza, cheia de energia, extrovertida, um pouco mais rígida. Uma daquelas histórias... Várias vezes pensei em como eles se davam tão bem, sendo tão diferentes, como se completavam. Apesar do seu ar sério, o meu pai cativava pela sua brandura, pela sua meiguice. Eu, com a fama de teimosa que tinha, obedecia-lhe sempre à primeira, enquanto fazia birras monumentais com a minha mãe. Ele contou-me, várias vezes, um destes episódios, tinha eu 3 anitos. A minha mãe disse-me para fechar a porta e eu cismei que não me apetecia. Ralhou-me, e quanto mais ralhava menos eu me aproximava da porta. Apanhei no rabo, ó se apanhei, mas quanto mais apanhava mais a mão se fechava e fechar a porta é que não. Birra mesmo, das feias. Entretanto chega o meu pai, e ao ver aquela cena (triste, uma autêntica guerra por nada) apenas me disse "princesa, fechas a porta, se faz favor?" e eu, lavada em lágrimas, levantei-me do chão e fechei-a. "e pede desculpa à mãe". E eu pedi, mas andei zangada uns dias. O meu Pai nunca me deu uma palmada, nunca me levantou sequer a voz (a minha Mãe fazia isso pelos dois :)). E eu amava-o, e amo, tanto!
Transmitia-me calma, segurança. Sabia onde havia sempre um conselho sábio, um abraço aconchegante, um colo à minha espera. Uma das últimas imagens que tenho do meu Pai, é ele sentado no jardim, com um neto em cada perna e outro sentado no chão em frente a ele, a contar-lhes histórias de quando era novo e outras.
Tento pensar neste e noutros momentos, momentos em que ele foi feliz, para tentar ultrapassar a dor, porque dói, da saudade.

"Ele teve a sorte de quem viveu bem,
riu muito e muito amou;
de quem gozou da confiança e do amor de pessoas boas;
de quem esteve no seu lugar e cumpriu as suas tarefas;
de quem deixou o mundo melhor do que o encontrou... "
Bessie A. Stanley

Hoje foi um dia difícil. Daqueles dias em que revivemos o dia em que nos despedimos de quem amamos. Em que começamos uma vida sem eles ao nosso lado.

sábado, 27 de junho de 2009

Dúvidas



Dúvida existencial para hoje:

fazer o que é correcto, o que sempre fiz, a menina certinha, ou esquecer por um momento, desligar um pouco da realidade e fazer o que me apetece, sem pensar nas consequências?

Esta frase, que li há já muito tempo, ocupou hoje o meu pensamento grande parte do dia:


Porquê fazer algo só por sempre se ter feito?

Da vulnerabilidade...






Uma flor artificial, de plástico, é bonita ao longe...
Algumas são autênticas obras de arte. Parecem mesmo verdadeiras.
Estão sempre bonitas, não precisam de cuidados, nunca nos deixam ficar mal, nunca nos falham, nunca perdem as pétalas ou murcham, são imutáveis.
Não são vulneráveis.

Mas...

por mais bonitas que sejam nunca se aproximam da beleza das verdadeiras.

Estas, têm no toque a grande diferença, a suavidade de uma pétala de rosa ou o toque frio de um pedaço de plástico,
têm personalidade própria, fazem birras, murcham,
re-vivem com os cuidados certos,
têm o perfume característico de cada uma, que partilham connosco,
fazem-nos esboçar um sorriso ao vê-las,
São vulneráveis.

Uma flor de plástico é invulnerável, mas não é nada.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Thriller da vida

Não gosto muito da música do Michael Jackson, embora reconheça que ele foi um nome que será sempre relacionado com a música dos anos 80.

Quando ouvi a notícia da sua morte, não fiquei particularmente abalada (chamem-me insensível, que vou fazer?. Chorei quando o Ayrton Sena morreu, sem o conhecer pessoalmente, mas com o Michael não).

Disse a quem estava ao meu lado "que desperdício de vida foi esta." É o que penso. Até pensava que ele era mais novo. Uma vida desperdiçada, gasta, a tentar transformar-se numa pessoa que não era. Com tantas excêntricidades que devem tornar o dia-a-dia intolerável.

Ficam músicas como Thriller, Billie Jean...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O S. João... já era

Estive ausente um tempito...

Tive de andar à procura do telemóvel! Decidi seguir o meu impulso, descrito no post anterior... ou melhor, resolvi ver se realmente seria capaz de parar o trânsito. O que aconteceria se eu parasse no tabuleiro da ponte da Arrábida e me aproximasse do parapeito como quem vai deitar qualquer coisa fora, ou melhor, "deitar-me fora". Se aconteceria como nos filmes em que aparecem dezenas, centenas de pessoas a dizer "não saltes", seguido da polícia com o seu expert em psicologia, ou um herói de momento, que me salvaria com uma frase sentida e uns músculos fantásticos. Nada disso. Os carros continuaram a passar e o máximo que aconteceu foi ouvir umas valentes buzinadelas porque os carros se acumularam atrás de mim, assim como comentários encorajadores tipo "salta lá depressa que eu tenho horas para chegar a casa" ou "ei, salta mas leva o carro contigo, não o deixes aqui a atrapalhar o trânsito".

Isto é um cenário imaginado, claro. Louca sim, mas tanto não. A razão da minha ausência tem um só motivo: trabalho e mais trabalho... Interrompido no dia 23 de Junho porque foi S. João.

Já há uns anos que não ia ao
S.João, à festa mesmo, nas ruas, na Ribeira, na Foz. Depois do habitual jantar com os amigos, ao qual não faltou o caldo verde, as sardinhas, a broa, e o bom vinho, lá fomos para a baixa. Há uns anos, não muitos, seria impensável ir de carro para a baixa numa noite destas. Em vez do autêntico mar de gente, cordões humanos, que se costumava ver, viam-se uns grupinhos aqui e ali. O passeio da Ribeira até à Foz fez-se tranquilamente. Quase parecia uma noite normal. Não é que eu adore multidões, mas o S. João é o S. João. Muita gente, muita alegria, muita música, muita festa. Faltou quase tudo. Fez saudades. O S. João já não é o que era. Excepto pelo fogo de artifício, que foi magnífico, como sempre.


Muito fraco o S. João este ano. O ponto alto da noite foi aturar três cromos a cantarem-me, ou melhor, a berrarem-me aos ouvidos um dos sucessos do Tony Carreira, até ficarem sem voz. Felizmente, as vozes não eram muito resistentes!

Pode ter sido o meu estado de espírito, que não anda muito famoso, ou o cansaço que me fizeram ter esta impressão sobre o S. João.

Mas, pelo sim, pelo não, lá formulei o meu desejo ao lançar o balão...

sábado, 20 de junho de 2009

Things To Do III


DEITAR O TELEMÓVEL FORA!


Este vai para o grupo do coisas a fazer não possíveis, mas que às vezes me apetece tanto, tanto!!

Um dia, ao passar nesta bela ponte, parar no meio do tabuleiro, sair do carro, encostar-me no parapeito e dizer adeus, até nunca, ao meu telemóvel.

Depois ficava mais um pouco, a apreciar a paisagem (que é linda!), com a certeza que não ia ouvir aquele som, que insiste em se fazer ouvir quando eu não quero.

Mas não posso. Sou a favor da defesa do meio ambiente. Não posso poluir o meu querido rio Douro!


Embora apenas o título esteja relacionado, mas porque gosto desta música: I'm tired of using technology.....(sometimes)


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Not yet

Com tanto trabalho ultimamente, estou cansada, exausta. Sem tempo para nada. Sem tempo para mim. Sem tempo para os meus. Tento compensar, mas sinto que estou em falta. Mais uma semana e tudo deve voltar ao normal. Por um lado é bom andar tão ocupada. Sem tempo para pensar muito. Para pensar em situações que me fazem náuseas.

Continuo a pedir uma coisa:

Oh, God, make me good, but not yet!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maldosamente venenosas



Acredito que há pessoas intrinsecamente boas (conheço muitas). Admiro-as.

Acredito que há pessoas intrinsecamente más (conheço algumas). Não sabem ser de outra maneira. Tudo à sua volta e dentro delas é mau. Não são capazes de ter um pensamento, um sentimento bonito. Deve ser muito triste ser assim. Tenho pena delas.

Depois, há as pessoas maldosas, falsas, intriguistas (não sei quantas conheço, às vezes demoram o seu tempo a revelar-se). Essas são as piores. Piores que as más. As más assumem-se como más. Toda a gente sabe que são más. As maldosas não. Enganam. Mentem. Destilam veneno à sua passagem. Os lobos com pele de cordeiro. Destas não tenho pena.

Tentam constantemente ser o que não são, o que não conseguem ser. Invejam. Invejam o que não é para invejar. Invejam todos os bons sentimentos dos outros. Invejam-lhes a alegria, o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios. Procuram notoriedade através da ofensa. A falsidade é a melhor forma de conseguirem serem vistas.

Fazem intrigas. Enredam os outros na sua teia, na teia complicada das suas mentes tortuosas. E algumas pessoas deixam-se ir. Confiam na pele de cordeiro. Não conseguem ver as patinhas do lobo por baixo, as suas garras afiadas. Usam máscaras para alcançar os seus objectivos, até para "ter" amigos. Até entre amigos conseguem colocar as suas sementes de maldade. Falam mal dos outros por falar, até mesmo sem os conhecerem bem. Para servirem as suas intenções.

Não vou entrar em questões como o poder da genética, do ambiente familiar, da cultura, na formação da personalidade. Todas estas teorias são muito bonitas e têm o seu fundamento. Mas não justificam. O facto é que não dá para evitar a constatação de que há pessoas venenosas, naturalmente venenosas, sempre venenosas.

Querendo acreditar no melhor das pessoas, e também que este mundo pode ser bem melhor do que parece ser, deparo-me com certas situações que me querem fazer mudar de opinião. Mas eu sou teimosa...

Devia ser capaz de ter pena delas também, das pessoas maldosas. Afinal, as ideias das pessoas são pedaços e reflexo da sua felicidade. Tão pouco felizes devem ser! Mas não consigo. Sento-me e espero, porque um dia a máscara vai cair. Um dia vão provar o próprio veneno. Um dia a verdade vai-se sobrepor à mesquinhez.

Saúdo todas as pessoas maldosas deste mundo… (e uma certa pessoa em especial). Não se esqueçam que a verdade, o correcto, um dia vos apanha e depois vão ver como é delicioso o vosso veneno.…

Vemo-nos nesse dia...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Things to Do II - O lado C das férias


Nada melhor do que as férias, a não ser pelo seu lado C. C de Comer, de patusCadas. De preguiÇar.

Muito boas intenções de continuar a fazer exercício, todos os dias, que no fim se resume a uns passeios à beira-mar. Resultado: a roupa fica, digamos que menos larga (não, não é mais apertada, é menos larga). Embora me sinta tentada a culpar o detergente que certamente a encolheu, tenho de reconhecer: abusei, durante toda a semana, o que soube muito bem :).

Por isso, Thing to Do: Dieta! A começar hoje. E a acabar amanhã :). Era bom, era!! Não. A acabar quando a roupa voltar ao seu estado normal.

Mas, pelo sim, pelo não, vou mudar de detergente!

domingo, 14 de junho de 2009

Férias: The end

Eu diria: Missão cumprida!


E já passaram as mini-férias. Demasiado depressa. Depois de aproveitar até ao último segundo, como se faz às migalhinhas do nosso bolo preferido que ficam no prato, cá estou de regresso à real life. Malas arrumadas, roupa a lavar e muito pouca vontade de ir trabalhar amanhã. Custa tão pouco ir! Custa tanto regressar! Não é só o regresso à rotina, ao trabalho, ao voltar a ter horas para acordar, horas para almoçar, horas para tudo... que custa. É o regresso a algumas outras coisas. Ao que nos incomoda também. Apetecia-me fazer uma viagem daquelas sem data de regresso, sem roteiro pré-definido, apenas ir. Viajar sem destino.

Assim, vou viajando por aqui, porque como dizia o poeta, a melhor maneira de viajar é sentir:

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
....
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam
Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,
Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.
.....
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.
Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.
Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.
Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte...
...
Dentro de mim estão presos e atados ao chão
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,
A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.
Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!
Álvaro de Campos, in "Poemas"

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Obrigada!




Obrigada, S. Pedro!


Isto porque não é só pedir, pedir e não agradecer! Obrigada pelo dia fantástico que está hoje. Tanto sol que até tive de fugir para não ficar torradinha.
Agora, vou aproveitar a minha altura preferida da praia, o fim da tarde. Até o sol desaparecer.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Good morning, S. Pedro


Meu querido S. Pedro

Isto de ser Santo não é fácil. Cada um pede uma coisa diferente. Uns querem sol, outros querem chuva. Uns querem calor, outros frio. Neste momento há muita gente a cortar-te na casaca. Têm a sua razão. Queriam aproveitar estes dias para dar uns passeios, apanhar sol, enfim, ter um cheirinho de Verão. Posso dar-te uma sugestão? Meio-termo, seria justo.

Tu és um bocadinho do contra, ou então andas um pouco confuso. Vou ajudar-te: nós estamos em Junho, não estamos em Janeiro ou Fevereiro. Em Junho é suposto não estar esta chuva. Isto é só no caso de te teres esquecido, porque com tantas torneirinhas aí para controlar, é normal que confundas as estações.

Também acho que gostas de irritar as pessoas, que te divertes a abrir as torneiras enquanto nós, pobres mortais, ficamos tristes e chateados. Digo-te que podes esvaziar os tanques todos. Mesmo assim não me vais conseguir irritar. Estou de férias, a gozar um merecido descanso, e nada vai estragar a minha boa disposição (a não ser esta mania de acordar cedo, mas isso já não é o teu departamento. Já agora, podias-me dizer o nome do santo do sono?)

Se calhar até estou a ser injusta contigo e devia era agradecer-te. Sim, agradecer-te por te preocupares com a minha saúde e não quereres que apanhe sol. Além de envelhecer a pele, ainda me arriscaria a ter algo mais grave. Mas, S. Pedro, eu trouxe protector, factor 1200. Por isso, agradeço a tua preocupação, mas não é necessário.

Finalmente, sugeria-te deixares as torneiras em off, tirares umas férias, ires para uma praia paradisíaca, beberes umas caipirinhas e relaxares. Ias ficar muito mais bem disposto. Como prova da minha boa-fé, e para te demonstrar que não estou nada triste contigo, deixo-te aqui o pequeno-almoço, para ficares bem dispostinho e mandares vir o sol.

Desde já agradecida, desejo-te boas férias.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mérito ou desmérito?

Será que a Manuela Ferreira Leite pensa que os resultados de ontem são mérito dela? Ou terá sido o "desmérito" do nosso governo o grande vencedor?
Eu voto na segunda.

Muito mau:
A abstenção nas eleições de ontem foi de 62,54%, o que equivale a dizer que quase seis milhões de portugueses não se deram ao trabalho de participar. Os votos brancos subiram para 4,63% (mais de 164 mil), enquanto os nulos chegaram aos 2% (mais de 71.000). Isto significa que apenas 31,83% dos portugueses efectivamente votaram....

Chuva, vai embora....

Há coisas que são simplesmente injustas. Muito injustas. 30º C, 33ºC e eu a trabalhar, ainda por cima com o AC avariado.

E agora, agora que são férias,

em vez de estar assim:


estou assim:

sábado, 6 de junho de 2009

Força Portugal



Hoje estou com uma preguiça daquelas.... Só me apetece estar deitada no sofá e vegetar... o sol está fraquinho e convida a dolce far niente. Tenho de pôr a preguiça de lado e ir fazer a mala, porque amanhã é dia de ir de férias (depois de votar, claro), mini-férias, uma semaninha a descansar. Daqui a uma hora começa o futebol e tem de estar pronta, para assistir à vitória de Portugal. Sim, porque o resultado não pode ser diferente. Temos de ganhar. E vamos ganhar.
FORÇA PORTUGAL!

Felizmente, nenhum destes senhores vai jogar, porque senão não estaria assim tão certa da vitória. Algumas pérolas do futebol:

Gabriel Alves: "O árbrito foi atingido por um objecto atirado por um telespectador."

Mário Jardel: "Clássico é clássico e vice-versa."

Luís Filipe Vieira: "Não são os super-sumos dos analistas.."

Jaime Pacheco: "Querem fazer do Boavista o bode respiratório.."

E a melhor:
Mário Jardel: "Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe."

Espero que os nossos jogadores deixem a naftalina em casa hoje e levem muita adrenalina, para jogarem como são capazes de jogar e passarmos à fase final.



Nota: Eu sei que o Luís Filipe Vieira (presidente do Benfica), o Gabriel Alves (jornalista, comentador desportivo) e o Jaime Pacheco (treinador do Belenenses) não são jogadores. E que o Jardel também quase não é. Só achei estas frases uma delícia, porque as do João Pinto já estão um pouco gastas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Coisas a fazer I

Projecto coisas a fazer, umas possíveis, outras nem por isso...

Hoje, ao lado do meu, estava estacionado este carrito:


Pensei cá comigo "não sei quem é o dono(a) disto, mas seguramente, eu ficava muito melhor do que ele(a) a conduzir esta coisita."


Coisas a fazer I - conduzir um Ferrari

Não é ter um Ferrari, só conduzir, uma vez. Só para saber como é ouvir aqule barulhinho....
Fraquezas...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Arte?

Hoje, ao ler a revista Sábado, na secção Artes, que habitualmente vejo com interesse, leio o seguinte título: A Arte que o quer chocar. Arte, pergunto eu, mas isto é arte?

Marco Evaristti

"O artista chileno ganhou notoriedade com uma instalação de 10 misturadoras que tinham peixes vivos lá dentro. Ao público, era dada a opção de ligar ou não a máquina e matar os peixes. Pelo menos um visitante do museu carregou no botão, matando os peixes". Isto esteve presente no Trapholt Modern Art Museum, na Dinamarca

.




É isto exposto num museu?? Meter água e uns peixinhos em misturadoras?? Mais arte faço eu nos meus batidos, então!


Guillermo Habacuc Vargas

"O artista da Costa Rica expôs um cão vadio numa galeria de arte na Nicarágua, em Agosto de 2007. O animal, chamado Natividad, estava preso com uma corda, sem comida nem água, até morrer. O artista foi convidado a repetir a performance na Bienal Centroamericana de Artes, nas Honduras, em 2008."








Mas está tudo louco?? Prender um cão, maltratá-lo, e chamar a isso arte? E as pessoas vão ver isto?? Passam e andam e está tudo bem? Acham normal? E ainda é convidado a repetir? Até o nome do cão é um requinte de malvadez. Se o cão era vadio, não devia ter nome e o nome Natividad deve ter sido dado pelo brilhante autor desta obra de arte (mas isto já é uma suposição minha).


Lembrei-me de uma frase que li há algum tempo sobre arte:
" A Arte é necessária para que o Homem se torne capaz de conhecer e mudar o Mundo. Mas a Arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente." Ernst Fischer, A Necessidade da Arte.

Definir arte não é fácil. Há vários tipos de arte e o que para uns é arte, para outros não passa de um monte de rabiscos ou sucata. Eu penso que a arte é sempre um processo criativo, cria-se algo. Não se destrói. A arte desperta emoções. Gosta-se, não se gosta. Entende-se, não se entende...
A isto não chamo arte, chamo crueldade, chamo estupidez.

Shine on

E porque:

Hoje acordei muito bem disposta,

Está um dia lindo!!

O ar condicionado aqui no trabalho está avariado e eu vou assar...

Esta música me lembra o verão e
Não a consigo ouvir sem mexer os pézinhos...


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dia da Criança


Ser criança é achar que o mundo é uma bola de futebol.

Nas mãos das crianças o mundo transforma-se num lugar mágico, porque na inocência do seu sorriso, tudo é possível, menos a maldade.

De braços abertos, a criança tudo quer abraçar. Não cultiva inimigos. A sua tristeza é momentânea.

De olhos abertos, a criança não vê o feio, o diferente, apenas aceita o modo de ser de cada um que lhe dirige o caminho.

De ouvidos atentos, a criança gosta de ouvir tudo como se os sons se misturassem formando uma doce melodia. Vozes que ela pode imitar. Vozes que ela pode seguir.

A brincar, a criança está sempre a evoluir, a descobrir, a encantar-se com coisas tão simples!

Criança lembra-me cor, amor, arco-íris, algodão-doce, pipocas, tintas de muitas cores: vermelho, laranja, azul, amarelo... mãos sujas, roupa e cara pintadas...

Ser criança é estar de bem com a vida, é ter toda a energia do Universo em si.

Ser criança... é a mãe deixar escolher a ementa do jantar... muito pouco saudável, mas muito, muito bom :).