quarta-feira, 31 de março de 2010

Conchas e Caracóis


Não somos muito diferentes dos caracóis*. Não, não estou a falar da lentidão ou do facto de terem antenas, mas sim da sua reacção ao perigo. Os caracóis, quando se sentem ameaçados ou quando se sentem magoados, recolhem-se na sua concha. Tornam-se invisíveis (acham eles). Exibem a sua carapaça e julgam estar muito seguros. Nós, quando nos magoamos, recolhemo-nos em nós e, na ausência de uma carapaça física, construímos a nossa, muitas vezes imperceptível aos outros, mas perfeitamente visível para nós, porque a sentimos. Decidimos colocar-nos à margem, até porque não nos queremos magoar novamente. 

Tal como o caracol, que acha que a sua concha é muito forte, capaz de o proteger de qualquer perigo, também nós temos essa ilusão. Achamos também que, com o tempo, essa concha se vai tornando cada vez mais  dura, mais resistente. Mas afinal, todos sabemos como é frágil a concha do caracol e com que facilidade pode ser esmagada. 

* Ou seja, sou um caracol!

16 comentários:

Nowe disse...

Minha Amiga,

Adoro as tuas analogias. São sensatas, simples,pertinentes e com muito conteúdo.
Podias escrever um livro sobre analogias. ( E não estou a brincar.)

Beijinhos minha Amiga! (SANGRIA... SANGRIA... SANGRIA....) :)

********************************

Senhorita Reencarnação:

VAI "MAZÉ " TRABALHAR! Tu e as pirosas que costumam frequentar a MINHA MANSÃO!!

Umas e outras que comentam por aqui... e que andam sempre a mandar "bitaites" - se é que me faço entender...
Mais uma pista?...
São de uma Terra que tem o singelo nome de "JUTREICOIS".

PIROSAS! ARRUACEIRAS!

C*inderela disse...

GOstei da comparação :) Nós também tendemos a recolher quando sentimos 'ameaçados'.

Bjokas*****

mjf disse...

Olá!
Concordo:=(
Mas essa concha é muitas vezes mais prejudicial, do que a saída dele e andar em frente!!!


Beijocas

L'Enfant Terrible disse...

No fim de contas, cada um "defende-se" como pode e o importante não é a concha ser forte ou não, mas sim o facto de nos sentirmos protegidos no seu interior.

B* disse...

Eu também sou o caracol! Actualmente eu estou a passar por um momento algo complicado e confuso, a minha reacção imediata, institiva, e por que senti o "perigo", foi fechar-me na minha conchinha. Contudo, eu ainda não tenho a habilidade de fingir, por isso quando eu me fecho toda a gente nota e ninguém compreende (e também não se esforçam para tal ...).
Não é nada fácil ... mas é como eu me sinto segura e protegida.

;)

* Foi muito bom ler o teu texto pois senti-me compreendida, o que é agradável.

Mário Rodrigues disse...

Os caracóis, Nirvana, são animais muito belos. Sensíveis, aventureiros e até mesmo audazes... A concha ilude-o na protecção, mas permite-lhe a reflexão que lhe proporciona melhores escolhas na próxima aventura...

Um beijo

Girl in the Clouds disse...

Sem dúvida que foi uma boa analogia!! É verdade que fazemos isso, e nem sempre é fácil de ultrapassar!! Beijos

TT disse...

Gostei.

Lembra-me a "dimensão oculta" de Edward T. Hall, com uma pequena diferença: a carapaça reduz e aumenta conforme nos sentimos "à vontade" com determinadas pessoas. Quando conhecemos alguém temos uma bolsa de protecção mais larga, sentimo-nos desconfortáveis com a proximidade. Depois, caso seja o caso, essa distância diminui até à intimidade. Claro que a nossa experiência acumulada pode aumentar o tempo com que nos conseguimos libertar...a tal carapaça dura, que persiste.

;)

CybeRider disse...

O que define a dureza da concha é a violência do embate.

Se os bichos que nos querem comer forem grandes a concha será frágil, à medida que os inimigos perdem expressão a concha torna-se mais dura na escala, para os males insignificantes será uma blindagem perfeita. Mas, como de costume, são os grandes males que nos magoam e contra esses não haverá couraça que resita... Somos de facto fraquitos, ou talvez simplesmente nos sujeitemos a vilezas medonhas, maiores que as que poderíamos suportar, consequência de termos muitas vezes os olhos muito grandes, maiores que os dos caracóis...

Beijinhos!

Canhota! disse...

Uma analogia muito perspicaz sem dúvida alguma!

Todos nós por vezes temos a necessidade de nos sentirmos como um caracol, com concha de forma a sentirmo-nos protegidos, não só dos outros mas por vezes de nós próprios! O tempo faz com que essa "concha" se torne mais dura, mais resistente mas infelizmente ela também se parte...mas está em nós fazer com que, partiu-se!!! Ok então vamos arranjá-la, se o seu arranjo demorar tanto tempo como um caracol demora a percorrer 1km não interessa, o que interessa é que essa concha fique arranjada e pronta para superar muitos KM pela frente.

Jinhos:)

Sonhadora disse...

olá!
É mesmo isso, mas eu costumo dizer que sou uma tartaruga (um dos meus animais favoritos), que me escondo na carapaça (sem é mais forte que a do caracol Lol) mas claro que não resulta, não é por tentar fugir dos problemas que eles se resolvem!
Beijocas e uma Pàscoa Feliz!

Libelinha☆ disse...

Acho que todos nós somos um pouco como o caracol... Mas ás vezes há um que toma coragem e vai em frente... Nem que seja devagarinho...
E isto lembrou-me a minha quota preferida: "Quem corre cansa, quem caminha alcança!"

Beijinhos ;P

PS: roubei-te a imagem, que adorei!...

Tia Complicações disse...

Nem todos fazem como o caracol.
Há pessoas que barafustam, respingam e ficam desmotivadas.
Por outro lado, outras não reagem, comentam o menos possível, são irredutíveis e assim permanecem na sua concha. Penso que nesta última o sofrimento é mais intenso, se a concha estalasse seria melhor ...Bom post, bjocs

Deia disse...

Não poderia estar mais de acordo ctg...

Pinkk Candy disse...

Boa analogia. se bem que eu não me vejo assim, sou muito impulsiva, para o bem e para o mal, e nem sempre me dou bem com isso, mas como sou do signo carneiro, desculpo-me com ele, ou quiçá não será mesmo ele o culpado de eu sair assim. gostava de ser mais calma.

Anónimo disse...

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