Um dia fui aquela menina que imaginou milhares de coisas e pensou em tudo o que se poderia tornar um dia.
Um dia, tive a ilusão que tudo era possível.
Um dia, tive o momento em que podia ou não tornar esses sonhos realidade.
Um dia, tomei decisões certas.
Um dia, tomei decisões erradas, umas vezes acreditando que estavam certas, outras em que a única coisa certa era a esperança de não estar errada.
Um dia, vi alguns dos meus sonhos ruírem e nada deles restar, excepto pedaços de vida que acabaram por se perder na memória.
Um dia, quis pedir à lua que brilhasse só para mim. E pedi.
Um dia, quis agarrar a vida, embrulhá-la e guardá-la, de tão perfeita que era, na mais bela caixa, para que nunca se gastasse ou mudasse.
Um dia, descobri que não há problemas sem solução, mas também não há palavras milagrosas para ultrapassar as dificuldades.
Um dia, descobri que apenas eu posso fabricar e usar as chaves que abrem as portas no meu caminho.
Um dia, descobri que a mesma chave não abre duas portas, por mais parecidas que sejam.
Um dia, descobri que o meu caminho depende unicamente do meu esforço e da minha confiança.
Um dia descobri que existe uma grande diferença entre o imaginar e o realizar. Que a imaginação pode ser uma prisão, se me esquecer de realizar.
Um dia, descobri que o importante não é onde estou mas sim como estou. Porque o que verdadeiramente conta é o que temos cá dentro.
Um dia, descobri que a vida corre depressa demais e que tenho uma dívida para comigo própria: Ser eu em cada instante. VIVER!