terça-feira, 21 de julho de 2009

Man on The Moon - 40 anos após, onde estamos?



Se, há 40 anos atrás eu já existisse, teria passado o dia 21 de Julho com imenso orgulho do ser humano. A frase "um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade" teria ecoado na minha cabeça todo o dia. Acho que até tenteria dar uns passos grandes! Afinal, o homem tinha conseguido. Tinha ido à Lua. Tinha tocado o solo lunar. No dia anterior, Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins tinham chegado à lua. Estaria roída de inveja por não estar lá, a pensar em preencher uma ficha de inscrição para a NASA.

As capacidades do Homem, a nível intelectual, são imensas. Se pensarmos em como a tecnologia evoluiu nas últimas décadas, é difícil não nos surpreendermos com algumas coisas. Há 40 anos ir à Lua (planeta Lua, não aquela lua onde às vezes andamos com a cabeça ;)) seria, e foi, algo extraordinário - embora, ainda hoje haja quem não acredite que realmente lá esteve alguém.

Há 40 anos pensaria "como será o mundo daqui a 40, 50 anos?" e, muito provavelmente, um sorriso desenhar-se-ia no meu rosto. Hoje, fazendo a mesma pergunta, no meu rosto desenham-se linhas (não rugas, linhas :)) de preocupação.

Como é normal na natureza humana, após a conquista de um objectivo, vem sempre outro. E é bom que assim seja. É assim que evoluímos, senão ainda estaríamos na era da roda ou das carroças. Queremos sempre ir mais além. Conquistar mais. Ter mais. Desafiarmo-nos. Superar-nos. Depois de conseguir pôr os pézinhos na Lua, vamos construir bases lunares, vamos construir satélites XPTO, vamos um pouco mais além, vamos a Marte. Vamos descobrir vida noutros planetas. Vamos descobrir outros sistemas solares. Já não falando em toda a restante evolução tecnológica, em termos de telecomunicações, transportes, etc, etc, etc.

Mas o preço de toda esta evolução, qual será? Onde estaremos daqui a 40 anos? Espero sinceramente que tudo que se fala sobre aquecimento global, escassez de recursos naturais, escassez de água, etc, etc, tenha um pouco de exagero. Que daqui a 40 anos o nosso planeta ainda esteja assim, minimamente habitável.
Daqui a 40 anos já terei uma idadezita assim um pouco com alguns anos, se calhar não me fará grande diferença. Se calhar até já andarei por outras dimensões. Mas confesso que quando olho para o meu filho me angustia um pouco pensar o que o futuro tem reservado para ele. É esse o motivo das minhas rugas de preocupação quando penso nisso.


Graças ao E.., fui pesquisar umas coisas sobre a Lua. Encontrei isto. Ainda há quem não acredite que o Homem foi à Lua. E eu que pensava que era só o meu vizinho!


Comecei a escrever este post ontem, enquanto o jantarinho para uns amigos comilões estava a fazer. Como não tive tempo de acabar segue hoje, um pouco fora de tempo, mas acho que eles não me perdoavam se a comida se queimasse por causa de acabar isto.

4 comentários:

CybeRider disse...

E os protagonistas tiveram que fazer o filme. Deve ter sido triste, chegar lá e não haver jornalistas a fazer a cobertura, nem fotografias, deve ter sido assim como um passeio parolo em que ninguém nos liga...

(Já agora, para quem não acredite, há um espelho colocado num ponto chave que ajuda os descrentes a abrir a boca, claro que convém ir a um telescópio competente e pedir informações, assim se pudessem confirmar outras coisas!)

Beijinho

E... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
E... disse...

Este mito que persiste numa "não ida" à lua faz-me recordar o mito que há em volta da personagem do Bart Simpson, em que dizem que ele é uma rapariga (não confundir com o que houve relativamente ao facto de a voz dele ser de uma rapariga que se veio a confirmar, que era de uma menina chamada Nancy Cartrigwt). Basta pensar que se não tivesse acontecido, e numa altura, em que estavamos em plena Guerra Fria, os soviéticos teriam desmentido isto!

Anónimo disse...

A evolução do Homem como pessoa não tem sido paralela à sua evolução como técnico. O preço a pagar por isso, temo que iremos descobrir mais cedo do que esperamos.