Nesta altura do ano, os balanços não se resumem às lojas e empresas. Estende-se a nós próprios. Em cada passagem de ano, doze é o número de passas que se podem (devem) comer. Doze os desejos que se podem pedir. Por mais que diga que me vou lembrar de mais, acabo todos os anos a repetir os desejos, a partir do terceiro. Tenho cá para mim que se pedir mais vezes, terá um efeito reforçado, mas na verdade não é por isso que os repito, mas sim por serem os únicos, e que são precisos todos os anos. O resto, dependerá mais de mim do que de qualquer conspiração das energias cósmicas.
Objectivos cumpridos e não cumpridos, metas alcançadas, ainda a alcançar ou que se tornaram ultrapassadas, sonhos sonhados, cumpridos, adiados, perdidos, tudo entra nesta equação. Faz-se o balanço, positivo ou não. Reorganizam-se os sonhos e objectivos, estabelecem-se novas metas e entramos com o pé direito no novo ano.
Tentamos não sonhar demasiado, não estabelecer metas muito altas. Assim, será mais fácil chegar ao final do ano e pensar: consegui! Mas consegui mesmo? Mesmo ficando aquém de mim? Será assim tão mau sonhar, sonhar alto?
Penso que, às vezes, o difícil é ousar sonhar. Quantas vezes não nos rimos de nós próprios quando sonhamos? Como se tivessemos receio de sonhar, por nos parecer um sonho demasiado grande? É mais fácil pensar não sou capaz. Tem um efeito mais imediato e, de certa forma, desculpamo-nos um pouco com as nossas limitações, que nos impedem de alcançar esses objectivos.
Lembram-se da Susan Boyle? Eu acho que é o exemplo perfeito de quem ousou sonhar. Tinha o talento, mas não tinha muitas outras coisas (que em muitos casos se sobrepõem ao talento). Poderia ter ficado quieta no canto dela, com o seu dom. Não se desiludiria. Não correria esse risco. Mas sonhou, e ousou sonhar. Sonhou um sonho. E chegou lá.
Penso que mesmo quando nos rimos da possibilidade de realizar um sonho que nos pareça demasiado grande, ele fica cá dentro. Fica ali, latente, à espera. Entre a possibilidade de nos desiludirmos e a realidade de podermos concretizá-lo, a escolha deveria ser fácil.
Ousar sonhar é o primeiro passo.
I dream a dream...
I dream a dream...
11 comentários:
Vais ver que os sonhos que tens serão realizados...
Basta para isso teres determinação... crença em ti mesma...
Eu espero conseguir alcançar os meus... ;)
Beijinhossss
Gostei muito do teu post, inspirou-me para escrever um, sem dúvida que é preciso ousar sonhar e lutar...fizeste-me relembrar o que estava adormecido. E não conhecia a história que mencionaste, gostei, sem dúvida um incentivo a todos nós!
Bigada :)
Bjinho
Já lá dizia o poeta " o sonho comanda a vida" neste caso é bem verdade, escusa era de alguns trogoloditas fazerem aquelas propostas indecentes depois de ter ganho o Ídolos inglês.
Beijo natalício.
Pode-se saber qual é, essa tua primeira decisão?
Ergela
Primeira e segunda!
:)
Concerteza.Por quem é?
Beijocas.
LionMaster :))
Não desisti dele(s), e espero que não desistas também.
O mundo está à tua espera :)
Beijinhos
Psiuuuu!
Temos de olhar a vida de frente e perguntar-lhe "ora bem o que vou fazer contigo? Meter-te na gaveta, deixar-te andar, ou levar-te comigo para onde eu quero?"
Beijinhos
Ergela
"...é uma constante da vida, tão concreta e definida como outra coisa qualquer"...
Cheguei a ler que ela esteve menos bem com toda a pressão e fama. Mas parece que ultrapassou tudo isso, e continua a sonhar o sonho dela, cantar e tornar-se uma artista.
Até parece que vai fazer parte da banda sonora do próximo 007, e o disco dela é recordista de vendas.
Beijinhos
Beijinhos
Ainda hoje me arrepio a ouvir a Susan Boyle...
A verdade é que ela sonhou... arriscou... e não teve medo!
Às vezes vale a pena...
Bjinho
Ela sonhou, e mesmo quando se riram na cara dela, aguentou-se forte. E sorriu, e lutou. E conseguiu. :)
Esta foi uma óptima lembrança para trazer-me o optimismo que precisava para 2010 :)
Enviar um comentário