Gostava de não ficar preocupada, porque quando se tem dinheiro para certos luxos, é porque se tem. Quando se esbanja, é porque se tem muito. Gostava... Mas parece-me que por cá se vão entretendo a brincar aos ricos, e quem paga a factura somos todos nós.
Este artigo na Sábado é bastante esclarecedor, em relação ao destino de algum do nosso dinheiro, daquele que descontamos para, supostamente, ajudar Portugal a avançar. Cada vez descontamos mais, e cada vez vemos menos coisas feitas, mas há luxos que se mantêm, mesmo quando a palavra crise nos acompanha todos os dias.
Este artigo na Sábado é bastante esclarecedor, em relação ao destino de algum do nosso dinheiro, daquele que descontamos para, supostamente, ajudar Portugal a avançar. Cada vez descontamos mais, e cada vez vemos menos coisas feitas, mas há luxos que se mantêm, mesmo quando a palavra crise nos acompanha todos os dias.
Tempo de austeridade, impostos a subir, o povo cada vez mais pobre e gastam-se milhares em cafés, flores, champagne? Ah! O salário deles é tão pequenino que os contribuintes têm de pagar o cafézinho. Até está certo, dizem que a cafeína é benéfica para a actividade cerebral. Fosse esse o caso, e eu até lhes oferecia uma tonelada!
Espremem-nos mais que laranjas num espremedor categoria industrial de alta rotação. Não tarda muito arranjam o IAR - imposto sobre o ar respirado e lá vamos nós tentar respirar menos, até ficarmos azuis e parecermos a nova claque do FCP. Vamos apertar o cinto! Com certeza. O Verão está aí, menos um ou dois centímetros no cinto deixa-nos contentes! Se forem menos dez então, oh felicidade!! E se for apertar o cinto para uma viagem em primeira classe paga pelos contribuintes, ou para dormir confortavelmente num carro topo de gama conduzido por um dos doze motoristas à minha disposição? Seguir o exemplo de Inglaterra, que começou por cortar precisamente nas coisas menos essenciais, como viagens em primeira classe, carros com motorista, etc? Nãã!! Ser ministro e ter de levar o meu carrito? Nem pensar! Teria de apertar mesmo o cinto, ou ainda apanhava uma multa.
Tenho cá para mim que artigos destes deviam começar a ser publicados na Playboy ou serem oferecidos como suplemento nessa mesma revista. Há uns dias atrás o fenómeno Bruna Real apareceu em todas as televisões, com direito a debate em directo e tudo. O Real de Bruna Real, a mim, não me incomoda nada. Mas este estado Real do nosso país? Esse sim, preocupa-me!
Tenho cá para mim que artigos destes deviam começar a ser publicados na Playboy ou serem oferecidos como suplemento nessa mesma revista. Há uns dias atrás o fenómeno Bruna Real apareceu em todas as televisões, com direito a debate em directo e tudo. O Real de Bruna Real, a mim, não me incomoda nada. Mas este estado Real do nosso país? Esse sim, preocupa-me!
8 comentários:
Eu pagava era para alguém bater nessa gente! Podia-se pedir que aquele tipo que mandou a estatueta ao Berlusconni viesse a Portugal fazer o que ele sabe fazer melhor!
Adorei o texto. Inteligentemente escrito! :)
Um Beijinho*
Não pagamos só o cafezinho, nem flores, nem champagne...pagamos sim e muito mais!!! Muitos destes senhores vão sair "impunes" da forma como governaram e vão deixar o seus postos, não de trabalho mas sim de EMPREGO com enormérrimas reformas...e pagas por quem, por quem? por nós claro...e quando o "zé povinho" se reformar UPS desculpem mas não existe dinheiro para tal!!! Essa é que é essa!
Mais grave ainda...mau já estápara nós, infelizmente o meu medo é como será o futuro do meu filho, isto é, dos nossos filhos????
E depois falam na TV e nos media como se todos os portugueses fossem uns "mente captos"!!!
Excelente artigo!
Ah só uma coisinha...ficar sem respirar até ficarmos VERMELHOs, tá bem?
jinhos:)
O real da Bruna serve para nos distrair do real que referes. E se a Bruna pensasse bem nisso ainda exigiria um subsídio vitalício por serviços prestados à nação. Mas "o Povo pá, quer dinheiro para comprar um carro novo, pá..."
Algum dia pensamos que antes de chegar aos fins temos de passar pelos meios? Ou acontece tudo muito depressa para sequer pensarmos nisso?
"Quando alguém nasce, nasce selvagem" depois põem-nos as rédeas e montam-nos a garupa. Antes era a trote, agora querem-nos a galope. Chamam-me burro, dêem-me palha. Pelo sim pelo não, trago um fósforo na algibeira, a maioria já gastou o seu a alumiar o bonito e bem-falante. A honestidade não se vê à luz de um fósforo. Foi aí que se perderam.
Mas em democracia a culpa ainda por cima morre sozinha.
Havemos de nos ver gregos, oxalá que não...
Beijinho
Eu li o artigo da Sábado, o que foi receita mais que suficente para me estragar o fim-de-semana e inverntar meia dúzia de palavrões novos. Enfim...
É revoltante!
Mas o povo anda entretido com as Brunas e esquece-se do real.
Gostei de ver que esse sentido de humor tão especial continua aí.
Um abraço
realmente é uma vergonha andarem a pedir a quem tem menos para poupar e depois esbanjar-se dinheiro em tanta coisa longe de ser essencial...é pena estes assuntos não fazerem parte de revistas que cheguem mais facilmente ao público em geral. bj !
Nirvana,
Vives num pais de burros!
Burros que não viram o percurso politico do Socrates, burros que mesmo sabendo que nos afunda e nos gama, voltaram a votar nele porque têm medo que o Salazar volte....
Epá, nem o burro do Shrek é tão burro! Era aqui era Rei!
Esses gajos não era com estatuetas nem com pacada da grossa!
Eram todos empalados no Terreiro do Paço com o povo a ver... Eu não fazia por menos! Ou isso ou a maquina do fiambre, mas em fatias bem fininhas...
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