quinta-feira, 30 de julho de 2009

Volta, Ronaldo, que estás perdoado!

Primeiro era a crise.

Depois o Ronaldo.

Agora é a gripe!!!

Venha o diabo e escolha, ainda prefiro o Ronaldo. Pelo menos não é contagioso e de crise (financeira) não sofre!

As pessoas devem estar informadas. Certíssimo. Mas, em grande parte devido à comunicação social, acho que está a acontecer precisamente o contrário. Geraram-se dois extremos: os que não ligam absolutamente nada, porque é só alarmismo, exagero, tanta coisa para nada; e os que andam aterrorizados, não saem de casa, desistem das férias, andam de luvas, ouvem alguém espirrar e fogem.

Na altura do reinado da gripe das aves, os noticiários, jornais e revistas inundaram-se de notícias terríveis. Em 10 anos de existência, esta gripe causou a morte de 250 pessoas, o que dá uma média de 25 mortos por ano. A gripe comum, normal, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

O sarampo, pneumonia e outras doenças curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.

Segundo os planos da OMS, a lepra devia ter desaparecido do mundo em 2005. Ora, já passamos por ele, e ainda temos vinte milhões de leprosos e, sobretudo, 380 mil novos casos por ano. Doença facilmente curável com antibióticos baratíssimos.

Estas últimas estão longe de nós. A gripe está perto!

Então falemos da SIDA. 42 milhões de pessoas vivem com SIDA. 8000 morrem diariamente devido à doença. As medidas de prevenção da gripe estão em todo o lado (a maior parte são normas de higiene simples). Em relação à SIDA, há ainda quem advogue o não uso de preservativo, mesmo em continentes onde a doença tem uma incidência altíssima.


Penso que não se deve banalizar a situação, mas a gripe A não é propriamente a doença mais mortífera à face da Terra! Muitos serão infectados, sem dúvida. Não é à toa que o número de casos tem aumentado desde o início de Julho. São importantíssimas as medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países. Ma não podemos isolar-nos cada um em sua casa e o mundo parar.
Acho que deviam moderar um pouco. É só gripe por todo o lado... Nem quero imaginar quando começar a época da gripe a sério, porque aí os casos vão aumentar muito mais.

Sinceramente, até acho que a melhor época para ter gripe A seria agora - agora, agora não, porque para a semana começam as férias, mas depois das férias. Ficava imunizada e provavelmente ainda arranjaria Tamiflu nas farmácias. Porque em Outubro/Novembro/Dezembro, palpita-me que vai ser mais fácil encontrar um porco a andar de patins.

Não se falou mais na crise. O Ronaldo e quantas vezes ele penteia o cabelo também caiu no esquecimento. Mas eu digo volta, Ronaldo, antes tu que o H1N1 a infectar a televisão!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Os Intocáveis

A necessidade é a mãe de todas as coisas

Acho a sabedoria popular fabulosa. Os meus preferidos são os provérbios, porque raramente falham. E lá diz o provérbio - não cuspas para o ar...

Há pessoas que se julgam intocáveis.

Hoje recebi uma chamada de uma pessoa que não via há algum (bastante) tempo. Fiquei surpreendida e atendi só pela curiosidade de saber o porquê de tão inesperado telefonema. Era de uma antiga colega (não lhe posso chamar amiga porque para mim a amizade ainda é algo especial), a F. A F. já foi minha amiga ou pelo menos, eu era amiga dela. Veio trabalhar comigo. É sempre complicado ser o novo elemento e eu tentei integrá-la o melhor possível. Desenvolveu-se uma relação de companheirismo e até amizade. Tudo muito bonito até eu lhe dizer que, pecado capital, estava separada e, morri e fui para o inferno, tinha um filho. Ela, que tinha a família perfeita, não encarou muito bem este facto. Não me disse isso, claro. Era demasiado bem-educada, demasiado bem para o fazer. Preferia que mo tivesse dito, assim com as letras todas. Em vez disso, foi-se afastando, recusando os meus convites, não me incluindo nos seus. Apesar de confrontada por mim sobre este facto, nunca me disse o motivo de tal afastamento. Felizmente, mesmo sendo uma pecadora, perdendo o direito ao meu lugar no céu, não perdi os neurónios todos e percebi o que se passava. Penso que a amizade não se pede, simplesmente existe ou não e ser amigo de alguém implica aceitá-lo como ele é.

Confesso que para mim foi uma surpresa. Nunca me tinha acontecido tal coisa, mas bem vistas as coisas, apesar de a sociedade se ter tornado mais liberal ainda há muita gente que não vê com muito bons olhos uma mãe sozinha. Não me orgulho mas também não me envergonho. Simplesmente aconteceu.

Mas hoje a F. telefonou-me. Combinamos um café ao fim da tarde (apeteceu-me dizer-lhe para tomar café com alguém tão lindinho como ela, mas a curiosidade ganhou...). Depois de muitos rodeios, lá me disse que o marido tinha feito as malas e partido para outra. Ahhh!! E que tenho eu a ver com isso? Mas desta vez o cérebro conseguiu travar a língua. Não foi bem o cérebro, foi a tristeza nos olhos dela, o ar de quem está completamente perdido. Queria pedir-me desculpa. Desculpa? Foram precisos dois anos para isso? Queria saber como eu tinha encarado tão bem ter ficado sozinha com um filho. Como sabe ela se encarei bem ou não se nunca me perguntou? Se simplesmente me excluiu porque não encaixava nos conceitos perfeitos que ela tinha? Queria saber o que tinha acontecido comigo, porque me tinha separado, como tinha feito para recuperar e conseguir estar tão bem. Um pouco tarde para isso, não achas? Tu não estás minimamente interessada no que me aconteceu. Estás interessada no que te aconteceu. Precisas, e esta é a palavra principal, precisas de saber a minha desgraça para te sentires melhor. Para teres alguém com quem comparar a tua desgraça.

Se há algum tempo lhe teria facilitado a tarefa, por pena, por não a querer magoar, hoje não o fiz. Também não gosto de bater no ceguinho, e em alturas como esta um resquiciozinho de bom senso ainda aparece. Não, não fiquei satisfeita por isto lhe ter acontecido (nem sequer aquela satisfaçãozinha mesquinha que às vezes espreita). Pelo contrário, o que mais quero é que toda a gente, incluindo eu, seja feliz.

Tentei, dadas as minhas décadas de experiência (apesar de ela ser mais velha do que eu), explicar-lhe que a separação (evitei ao máximo usar a palavra divórcio porque os olhos quase lhe saltavam das órbitas) nem sempre é apenas uma opção. Por vezes é uma necessidade. Necessidade de viver uma vida verdadeira em vez de uma mentira. Que não é uma decisão que se tome de ânimo leve, principalmente quando há filhos envolvidos. Quantas vezes dizemos se me fizerem isto eu faço isto; nunca perdoarei se me fizerem isto ou aquilo. Depois, não é assim tão simples. Mesmo depois de nos fazerem aquilo ou isto, ponderamos. Porque entretanto outra vida, pequenina, está ligada a nós. E aí temos de descobrir se o que sentimos por essa pessoa, com quem um dia decidimos partilhar toda a nossa vida, é suficiente para continuar. Ou se as suas atitudes, mentiras, não-companheirismo, conseguiram destruir esse sentimento. E se a resposta for não, então temos de ser honestas pelo menos connosco. Não precisamos responder perante a sociedade. Precisamos responder perante nós próprias. Não adianta atribuir culpas. O culpado será sempre o outro, nunca nós. E vice-versa. Não é fácil constatar que falhamos. Mas ninguém vai viver a nossa vida por nós. E para estarmos bem só temos de acreditar em nós. Só temos de querer ser felizes.

Apercebi-me que o principal problema dela nem sequer era ter ficado sem o marido, sem o dito amor da vida dela. O principal problema dela era aparecer sem o marido. Era a vergonha de aparecer sem o marido, assim como aparecer sem os sapatos. E aí fiquei com pena. Não da situação que ela está a viver, mas dela.

86-60-86 e a celulite cerebral

Chega o Verão (ou irá chegar um dia) e multiplicam-se os cartazes com meninas magrinhas a rir, felizes, fitas métricas, tratamentos milagosos, etc, etc, etc. Porque a celulite é um problema. Porque obter as medidas 86-60-86 deve ser o ideal de qualquer mulher. Porque se tiver uns kgs a mais feche-se em casa e nem ouse sair à rua. Até não me incomodam muito porque o meu IMC está bem dentro do normal. Mas, quando estou consoladinha a comer uma daquelas coisinhas que fazem mal mas sabem muito bem e vejo isto:



... até me ia engasgando, porque o que a menina tem na mão direita é tão parecido com o que eu tenho na minha mão direita que até faz impressão. A diferença é que na minha mão esquerda está uma batatinha frita.

Eu até sou adepta do "an apple a day keeps the doctor away" e até o melhorei "two apples a day keep all doctors away", mas esta comparação da imagem parece-me muito pouco justa. Será que alguém, se estiver realmente com fome, vai comer só a maçãzinha? Não me importava de saber a fórmula para este feito.

Eu sei que devemos ter uma alimentação saudável, e até tenho. Mas uma vez por outra, caio em tentação. So what? Só não era preciso aparecer-me logo isto à frente, pois não? Bem... analisando bem a imagem, a maçã até é mais pesada! Ou isto, ou a celulite está a afectar-me o cérebro*!


* Mas estou sossegada, porque desde que não vá para as coxas, rabo e afins, tudo bem. Afinal, as medidas para o córtex cerebral são muito mais flexíveis do que 86-60-86!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Humor Light


Baseado em factos nada reais...

O Koala e a Lagartixa

Um koala estava sentado numa árvore, a fumar charro...


Uma lagartixa que passava, olhou para cima e disse:

- Hei, Koala... está tudo bem? O que estás a fazer?

O koala disse:

- A curtir uma ganza. Sobe, pá...

A lagartixa subiu para a árvore e sentou-se ao lado do koala, a curtir alguns charros. Após algum tempo, a lagartixa disse:

- Porra, Koala, tenho a boca seca, vou beber água ao rio....

A lagartixa, desorientada com o fumo, inclinou-se muito e caiu directamente no rio. .

Um crocodilo, quando a viu cair, nadou até ela, ajudando-a a subir para a margem. Depois, perguntou:

- Então, lagartixa? O que aconteceu?

A lagartixa explicou que estava a fumar umas ganzas com o koala numa árvore, ficou azambuada e caiu ao rio.

O crocodilo disse que ia verificar esta história e, entrando na floresta, encontrou o koala sentado num galho, completamente ganzado.

O crocodilo olhou para cima e disse:

- Ei! Ó tu aí em cima!

O koala olhou para baixo e disse:



- PHONE-IX, Lagartixa.

Quanta água é que tu bebeste?!!

(e-mail recebido hoje, do meu Prozac)

sábado, 25 de julho de 2009

Prioridades

E pronto, lá ficou a arrumação para outro dia. Que chatice!! :)

Tinha programado arrumar o escritório hoje. Não porque goste muito dessa tarefa, mas realmente, começa a parecer um cenário de guerra. Além disso a minha mãe vem-me visitar na próxima semana e se vir aquilo, por mais que eu lhe diga Mãe, não arrumes nada, POR FAVOR, sei que ela não vai resistir e um dia chego a casa e está tudo arrumadinho por cores ou qualquer coisa assim.

Arrumei metade. A culpa é do Mr. Jack Nicholson e Mrs. Diane Keaton. Peguei no DVD
Alguém tem que ceder que estava lá para arrumar e não resisti. Estive a ver o filme. Já não é novo, mas eu acho fantástico. Muito bem pensado, magnificamente interpretado, bonito. Toca alguns pontos essenciais da natureza humana. O envelhecer, o não o querer aceitar, manter um estilo de vida que, quando confrontado com algo concreto, real, que toca o coração, se revela tão pouco satisfatório. Mesmo assim, a resistência em aceitar essa nova situação. Tentar enganar o sentimento, preencher o tempo com o que é habitual, com o que não nos obriga a entregar-nos. O medo de o fazer. O arrependimento. O tentar voltar atrás. E, claro, como é um filme, tudo acaba bem. Tudo isto intercalado com momentos em que me rio como uma perdida. O filme tem diálogos fantásticos.

"E quando nos acontece algo que nunca nos tinha acontecido, não achas que devemos tentar perceber o que se passa?" Pois, se calhar.


Além de o filme ser fantástico, é sempre um consolinho para os olhos ver este senhor aqui ao lado, o sr. Matrix, com um ar tão meigo. Porque é que estes médicos só existem nos filmes? Hã????

Keanu Reeves

Amanhã acabo a arrumação!

Vinho vs Cerveja. O vencedor é...




Gosto imenso de cozinhar. Cozinhar o que já sei, experimentar receitas novas inventadas por outros, inventar eu também um bocadinho. As minhas cobaias costumam ser os meus amigos. Felizmente ainda nenhum foi parar ao hospital. E, claro está, o meu principal crítico culinário que de vez em quando diz "isto está um bocadinho esquisito; tens rissóis, não tens?"

Gosto de convidar os meus amigos para jantar cá em casa. Nem sempre consigo reunir todos ou a maior parte, mas geralmente sete ou oito vêm sempre. Gosto de pôr uma mesa bonita, não porque eles sejam muito exigentes, mas porque gosto de coisas bonitas. Tenho de dar uso aos pratos, copos, talheres. Não sou daquelas pessoas que guardam as coisas boas para quando há festas nos armários (pensava que isto só acontecia antigamente, mas não, ainda há quem guarde os "serviços" no armário, não vá partir-se qualquer coisa). Comigo, é para usar. Se partir, paciência. Para quê ter as coisas se não for para disfrutar delas? Mas lá estou eu a divagar...


Gosto de os surpreender. Nunca sabem o que vão encontrar. Desde um normalíssimo assado até comida japonesa, italiana, ou à lá eu, já houve de tudo.

Se a comida não me dá grande preocupação, o mesmo não posso dizer da bebida. Nunca sei o que comprar. Uns não bebem álcool, outros gostam de vinho, outros gostam de cerveja. Perco sempre imenso tempo no super-mercado à procura das bebidas. Ponho-me a ler os rótulos, como se percebesse alguma coisa. De vinho só sei se gosto ou não quando provo. Por acaso já pensei em pedir ao senhor lá do super-mercado para me deixar provar alguns antes de comprar, mas acho que ele não vai nessa... Pelo menos já decidi que é ou maduro tinto ou verde branco. Agora cerveja... não gosto de cerveja. De nenhuma cerveja. E cada vez há mais cervejas. Parecem cogumelos a nascer. Cerveja isto, cerveja aquilo e eu que as entenda.

Acho que preferir cerveja em vez de vinho é muito má escolha. Por várias razões. Primeiro, o sabor do vinho é melhor, sem dúvida alguma. Segundo, o nosso país é, tradicionalmente, produtor de vinho. Portanto o vinho deveria estar-nos no sangue*. Terceiro, está mais do que estabelecido que tem muitos efeitos benéficos**: reduz o risco de doenças cardiovasculares, tem poder anticancerígeno, aumenta a longevidade, tem poder antioxidante que lhe confere um poder anti-envelhecimento***.

Se eu não percebo nada de vinho, há quem perceba, e assim fale:
"O que faz do vinho uma bebida muito especial e salutar são os polifenóis e a sua relação com o álcool. Os polifenóis existem no mundo vegetal para proteger as plantas dos raios solares, de fungos e bactérias. Estão concentrados nas cascas e sementes e possuem um grande efeito antioxidante, antibiótico e anti-inflamatório. Os vinhos mais ricos em polifenóis, flavanóides e resveratrol são os tintos, mas o vinho branco também tem algumas virtudes terapêuticas, sendo mais diurético, desintoxicante e rico em potássio, cálcio e magnésio. "

Daqui tiro duas conclusões:
1- Agora percebo porque algumas pessoas não ficam morenas nem adoecem com facilidade.
2- Não vou perder mais tempo a decidir que cerveja comprar, porque à cerveja só reconheço duas características: o efeito diurético e o efeito aumenta a barriguinha.


* Às vezes está mesmo!

** Bebido com moderação, claro.

***Não comecem a beber demasiado por estas ditas razões ;).

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Será que adormeci uns meses?


Sou um bocado distraída, por isso, alguém me sabe dizer em que estação do ano nós estamos?


Acho que adormeci e dormi uns meses. Devemos estar em Novembro e eu não sei! Onde andas tu, Verão?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

By the Way I: Dream Big

Adoro música. No carro, em casa, nos meus passeios a pé, há quase* sempre música. Jantares cá em casa, seja família, sejam amigos, não há televisão. Há uma musiquinha de fundo e conversa à mesa. Muitas vezes dou por mim durante o dia a trautear uma ou outra música que ouvi logo pela manhã no caminho para o trabalho.

Este By the Way é apenas um título...músicas que gosto, músicas que estou a ouvir no momento, a primeira música que se ouve de manhã e fica no ouvido.

Algumas músicas gosto pela sonoridade. Outras pelas letras. Outras pelas duas, como é o caso desta:



E lá andei eu a cantar isto hoje: But if we don’t dream big, What’s the use in dreaming ... lalalala

*Quase sempre, porque às vezes preciso de me ouvir a mim própria.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Man on The Moon - 40 anos após, onde estamos?



Se, há 40 anos atrás eu já existisse, teria passado o dia 21 de Julho com imenso orgulho do ser humano. A frase "um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade" teria ecoado na minha cabeça todo o dia. Acho que até tenteria dar uns passos grandes! Afinal, o homem tinha conseguido. Tinha ido à Lua. Tinha tocado o solo lunar. No dia anterior, Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins tinham chegado à lua. Estaria roída de inveja por não estar lá, a pensar em preencher uma ficha de inscrição para a NASA.

As capacidades do Homem, a nível intelectual, são imensas. Se pensarmos em como a tecnologia evoluiu nas últimas décadas, é difícil não nos surpreendermos com algumas coisas. Há 40 anos ir à Lua (planeta Lua, não aquela lua onde às vezes andamos com a cabeça ;)) seria, e foi, algo extraordinário - embora, ainda hoje haja quem não acredite que realmente lá esteve alguém.

Há 40 anos pensaria "como será o mundo daqui a 40, 50 anos?" e, muito provavelmente, um sorriso desenhar-se-ia no meu rosto. Hoje, fazendo a mesma pergunta, no meu rosto desenham-se linhas (não rugas, linhas :)) de preocupação.

Como é normal na natureza humana, após a conquista de um objectivo, vem sempre outro. E é bom que assim seja. É assim que evoluímos, senão ainda estaríamos na era da roda ou das carroças. Queremos sempre ir mais além. Conquistar mais. Ter mais. Desafiarmo-nos. Superar-nos. Depois de conseguir pôr os pézinhos na Lua, vamos construir bases lunares, vamos construir satélites XPTO, vamos um pouco mais além, vamos a Marte. Vamos descobrir vida noutros planetas. Vamos descobrir outros sistemas solares. Já não falando em toda a restante evolução tecnológica, em termos de telecomunicações, transportes, etc, etc, etc.

Mas o preço de toda esta evolução, qual será? Onde estaremos daqui a 40 anos? Espero sinceramente que tudo que se fala sobre aquecimento global, escassez de recursos naturais, escassez de água, etc, etc, tenha um pouco de exagero. Que daqui a 40 anos o nosso planeta ainda esteja assim, minimamente habitável.
Daqui a 40 anos já terei uma idadezita assim um pouco com alguns anos, se calhar não me fará grande diferença. Se calhar até já andarei por outras dimensões. Mas confesso que quando olho para o meu filho me angustia um pouco pensar o que o futuro tem reservado para ele. É esse o motivo das minhas rugas de preocupação quando penso nisso.


Graças ao E.., fui pesquisar umas coisas sobre a Lua. Encontrei isto. Ainda há quem não acredite que o Homem foi à Lua. E eu que pensava que era só o meu vizinho!


Comecei a escrever este post ontem, enquanto o jantarinho para uns amigos comilões estava a fazer. Como não tive tempo de acabar segue hoje, um pouco fora de tempo, mas acho que eles não me perdoavam se a comida se queimasse por causa de acabar isto.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

Boca fechada!


Sou uma mãe babada. Não vale a pena negar. Sou mesmo. Fico toda orgulhosa quando dizem que o meu P. (P de prozac :)) é parecido comigo. Porque ele é lindo. Lindo mesmo. Tem uma carinha tão linda, tão linda que apetece ficar ali a olhar para ele. Mas tenho de admitir, pelo menos para mim, que ele não é parecido comigo fisicamente. Acho que são as expressões dele, as expressões faciais, a expressão do olhar, que o tornam parecido. Mas mesmo assim é só baba e mais baba.

Mas ele está a ficar demasiado parecido comigo. Até no que não deve. Além de outros, tenho um grande defeito: o meu cérebro e a minha língua funcionam separadamente muitas vezes. As palavras saem da minha boca sem que eu as mande sair. O som delas aparece antes de eu as pensar. Nestes casos, geralmente saem asneiras, e grandes. A última deste género aconteceu esta semana. Jantar de trabalho, com gente importante (porque as hierarquias são para respeitar), pessoas da minha idade e mais velhas, autênticos dinossauros nestas andanças. Azar, muito azar, tinha de ficar na mesa de uma colega (das importantes) que gosta, e gosta mesmo de exibir os seus bens. Lá arranjou maneira de começar a falar de carros, até nos anunciar que tinha comprado um Porshe. Até aqui tudo bem (eu até gosto de carros, velocidade e tal). Elogiou o seu lindo carrito, do qual gosta tanto que não anda com ele de noite (!). E esta minha boca, que devia ficar calada, tinha de falar antes de eu pensar "Mas porquê? Não tem faróis?" Mal ouvi estas palavras, não sei como, ditas por mim, apeteceu-me comer a minha língua. Até não seria nada demais se o A., que estava ao meu lado, não se tivesse rido como um tolinho e ela não fosse tão snob e nariz empinado. E não fosse hierarquicamente superior a mim.


Ontem tinha um jantar mais ao menos formal em casa de uma amiga, onde estavam amigos meus mas também pessoas que não conhecia. Minha companhia: o meu P. Antes de sair de casa, conversa do costume: portar bem, não mexer em nada, não andar a correr pela casa, enfim, aquelas coisas que convém sempre recordar porque, embora se lembre de coisas de há séculos atrás, às vezes a memória dele esquece-se que existe. Tudo prometido e tudo cumprido, até à hora que nos sentamos para comer. Cheirava deliciosamente!

Chega-me aos ouvidos a voz do meu P:

- Ó A!! (A dona da casa, que felizmente é muito minha amiga) - alto e bom som..
- Diz, meu lindo.
- Como é que uma coisa que cheira tão bem sabe tão mal?

Acho vou arranjar uma fita-cola das fortes, ou então um daqueles alçapões falsos, em que se carrega num botão e se desce para outra dimensão. Para quando estou com ele. E para quando não estou.

Já agora, a comida estava excelente, só não estava ao gosto dele.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Outra Diana Não

Let him go!!!


Hoje lá tive de parar na estação de serviço para pôr alguma gasolina no carro. Por mais que tente, só quando ele começa a apitar e a apitar é que me lembro desse pequeno pormenor. Aproveitei para dar uma vista de olhos às revistas e, pelo amor da santa, haja paciência! Deixem o senhor em paz. Morreu. Deixem-no sossegado. Era Michael Jackson por todo o lado.
"Onde está o corpo de Michael Jackson?
"LaToya Jackson faz revelação bombástica: O meu irmão foi assassinado"
"Pai de Michael Jackson planeia digressão com os filhos do cantor"


Deixem-no em paz! Gostem ou não dele.


Viveu, viveu como bem entendeu. Incompreendido, acho eu. Deixou o seu legado, a sua música que, goste-se ou não, toda a gente conhece (agora é Billie Jean e Thriller em todo o lado). Tornou-se um mito. É um mito. Basta!


Tem família. Tem família que gostava dele. Tem mãe. Tem filhos (sejam dele, do padeiro ou do carteiro, não é da nossa/vossa conta). Filhos com o nome dele. Filhos crianças que vêem e ouvem todas estas coisas desagradáveis sobre o pai. Como é que cabecinhas de 10/12 anos processam tudo isto? Oh sim, já estão habituados, o pai era um anormal. Era pai. E pai só há um. Respeitem-nos pelo menos a eles. Respeitem a memória de uma pessoa que se fez mal a alguém foi a ele próprio. Querem falar? Falem das acções humanitárias dele. Esqueceram-se de todas? Memoriazinha curta para o bem! Memória de elefante para o mau. Como é tão habitual!


Querem vender revistas? Falem de coisas de interesse. Querem falar de pessoas? Falem de quem está vivo para se defender.


Deixem-no ir! Deixem-no descansar em paz!


Nem a gripe A tinha tanta capa como o Michael Jackson, e essa está viva!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Things To Do V

Thing... Not very possible


Sempre quis andar numa coisinha destas.


















Deve ser fantástico andar a uma velocidade astronómica e fazer umas piruetas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Minha Praia, A Minha Paz



Adoro o Verão.

Dias grandes, tempo quente (sem exageros, porque aí os neurónios começam a derreter), praia, sol, cores alegres, caras bem-dispostas, fins de tarde na praia.

Há coisas que não gosto no Verão, mas essas são expressão de um profundo egoísmo (shame on me). Além da lotação esgotada no ginásio que faz com que não ponha lá os pés nestes meses, pior, muito pior... é invadirem a "minha" praia. Eu avisei que era puro egoísmo :). A praia é de todos, não é minha, infelizmente. Mas devia ser.


Devia ser, porque esta praia tem em mim um efeito terapêutico como nada mais tem. Porque venho aqui seja Verão ou Inverno, faça chuva ou faça sol. Porque esta praia, esta beira-mar, sabe muito sobre mim, assim como eu sei muito sobre ela. Porque muitas vezes, sentada ao pé deste mar, o meu sal se misturou com o seu. Porque muitas vezes o som do meu riso se misturou com o som das suas ondas. Porque vou embora sempre melhor do que chego. Porque preciso desta praia. Porque esta praia precisa de mim e não de dezenas ou centenas de pessoas a pisarem a areia, a atirarem lixo para o chão, a queixarem-se que a água está fria.

Lá começa o bichinho egoísta "mas não têm mais o que fazer? Não?" Terão tanto como eu... Com licença, com licença... impossível. Passear à beira-mar parece uma gincana, desvia aqui, passa acolá. Vou-lhes dizer que a praia está contaminada ;). Não, não cheguei a tanto...

Lá consegui achar um espaço livre, sem ninguém por perto (muito perto), com aquela imensidão azul à minha frente. O meu mar.

Depois destes dias, em que tantas e tantas questões me assolaram, em que coloquei em causa tanta coisa, em que me senti tão sufocada, tão impotente, tão zangada comigo própria, consegui finalmente respirar, pôr as ideias em ordem, encontrar-me, encontrar a serenidade que tanta falta me fazia.

Nunca me falhou o meu mar.

E com este post encerro o período down deste blog, que me invadiu estes últimos dias.

Re(Encontro)


Perdi-me algures nesta estrada,
Num qualquer cruzamento ou curva do caminho.
Deixei o meu eu para trás
Sozinho, triste, amarfanhado.
Continuei alegre estrada fora
Leve, muito leve,
Pensava eu...

Ah!! Mas ninguém engana o meu eu
Nem mesmo eu.
Fiquei sem saber quem sou,
O que digo, o que faço,
Para onde vou.
Tropeço nos meus próprios passos
Que não me levam a lado nenhum.
Sinto-me sozinha nesta estrada cheia de gente.
Tudo me parece triste, sombrio, sem interesse.

Antes, tinha um sorriso no rosto
Antes, tinha um brilho nos olhos
Antes, os meus passos eram alegres, quase passos de dança.
Antes, era feliz como era.

Agora, o sorriso é um sacrifício
Agora, o brilho nos olhos desapareceu
Agora, os meus passos arrastam-se.
Agora, não sou feliz como sou.

Sinto falta do meu eu
Sinto-me vazia sem ele.

Voltei àquele cruzamento, àquela curva onde o deixei.
Trouxe-o de novo comigo.

Estou feliz, feliz por ele não ter desaparecido
Não ter fugido para onde nunca o encontraria.

Sinto-me feliz por me ter (re)encontrado de novo.

Eu!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Encontro com... EU



Há alturas em que, por um motivo ou outro, às vezes situações que até não estão directamente relacionadas connosco, nos levam a confrontrar-nos connosco, com o nosso eu. Um eu que tentamos mudar, mas que não muda. Um eu que está lá, e por mais que nos esforcemos por fazê-lo desaparecer, por enganá-lo, não conseguimos. Um eu de quem até já gostamos, mas que nos fez sofrer. Tentamos, então, ignorá-lo. Pensar, agir como se ele não existisse. Esquecer aquelas nossas características que foram responsáveis por termos sofrido, seja em questões de amor ou amizade. O resultado? Um desastre. Não o resultado esperado, porque esse eu, que tentamos esconder bem atrás de toda uma carapaça que tão cuidadosamente construímos, continua a ser o nosso melhor amigo, a chamar-nos à razão quando às vezes nos perdemos nas voltas da vida.

Questões que nos inquietavam, que iam surgindo, mas que fingíamos não pensar, não ouvir, começam a ganhar uma voz cada vez mais alta, até que não as conseguimos calar. Somos forçados a olhar para nós ao espelho, sem complacência, sem arranjar desculpas. Com o nosso eu.
Quem és tu, afinal?
O que andas a fazer?
Andas a viver a vida de quem?
Onde esperas ir assim?
Porque te andas a tentar enganar?
Estás feliz assim?
É isso que queres?
É assim que queres ser?
E eu, onde fico?
Apenas algumas das questões a que temos de responder, nem que seja só para nós. Foi o que fiz estes últimos dias. As respostas não me agradaram. Mesmo a desculpa "assim é mais fácil, é muito mais fácil ser assim" não resultou. Porque eu conheço o meu eu. Porque o meu eu afinal não desapareceu, nem sequer foi de férias; esteve sempre aqui. Porque o meu eu já não me reconhece.

Lembrei-me de um video que vi há uns tempos, Doll Face.





segunda-feira, 13 de julho de 2009

Etapas


Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco. Por vezes não entendemos porque acontecem certas coisas. Tentamos encontrar razões, entender os motivos pelos quais coisas, situações, que eram tão certas na nossa vida desapareceram como fumo. É preciso saber quando uma etapa chega ao fim. Encerrar ciclos, fechar portas, terminar capítulos. Virar a página. Virar as costas. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Se insistimos em viver no passado acabamos por não viver, e em muitos casos não deixar viver. Acabamos por nos magoar e magoar quem está ao nosso lado.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... senão, acabamos por viver num emaranhado de situações e emoções que só envenena a nossa vida. Não querer aceitar que as coisas por vezes acabam porque têm de acabar, porque até nem eram assim tão boas para nós, até nem contribuíam assim tanto para a nossa felicidade. Porque se tornaram um hábito. Quando perdemos algo ou alguém, temos aquela tendência estúpida de só recordar os momentos bons, pintar um quadro apenas com as cores bonitas e alegres, deixando o cinzento e o negro que tanto ensombraram a nossa vida esquecidos no armário.


Nada nem ninguém é insubstuível. Lembra-te que houve uma altura em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa. E eras feliz. Encerrar capítulos, para se poder iniciar um novo. Fechar portas, para se poder abrir novos caminhos. Deixares de ser quem tentaste ser para te transformares em quem és. Para voltares a ser quem eras. Tornares-te uma pessoa melhor e assegurares-te que sabes bem quem és, para onde vais, ou pelo menos para onde queres ir, antes de conheceres alguém e esperares que ele veja quem tu és. Porque os olhos dos outros não vêem o interior. Não vêem o que se passa dentro de nós. Vêem o que mostramos. E o que mostramos e o que sentimos por vezes não são a mesma coisa. Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão. Para aprendermos algo.

Tal como nos comboios, em que existe aquele espaço entre uma carruagem e outra, na vida esse espaço também existe. Chama-se reflexão. Em que analisamos o que se passou, em que ainda podemos olhar para a carruagem que deixamos, em que podemos ver se não nos esquecemos de nada por lá. Depois, ou avançamos para a carruagem seguinte e continuamos a nossa viagem, ou ficamos ali, naquele espaço, que não é nada senão um espaço vazio cuja função é deixar-nos avançar. Fazê-lo ou não está nas nossas mãos.


Ter sorte dá azar


"Um estudo feito por Andrew Clark, da Escola de Economia de Paris, junto de 8000 pessoas contempladas com grandes prémios em sorteios do tipo euromilhões e lotarias entre 1994 e 2004,concluiu que a sorte acarreta graves problemas de saúde.

"As pessoas passam a festejar muito, a fumar e a beber", refere o investigador no semanário The Observer, apontando casos de alcoolismo e tocicodependência"...
In Sábado

Eu até gostava de ter oportunidade de contrariar a teoria deste senhor...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Things to Do IV

Como as férias ainda vêm longe, para já, só me resta sonhar e ir riscando os dias no calendário. A vontade de sair daqui, de desligar por uns tempos, é muita.

Viajar... palavra mágica que me faz sonhar.

Viajar pelo mundo... conhecer novas culturas, novos cheiros, novos povos, novos costumes. Paraísos distantes, com praias paradisíacas, países cheios de História, ou o nosso belo País, que ainda tem tantos lugares para eu descobrir.


Este ano quero voltar a uma das cidades de que mais gostei.

Thing to Do este ano: voltar a Florença.



Politiquices...

Decidi. Vou-me reformar. Ainda falta tanto tempo para as férias! Acho que com este ritmo de trabalho vou acabar por adoecer, por isso vou-me reformar e ficar em casa.

Estou um pouco atrasada e esta notícia já foi notícia há algum tempo, mas.... achei uma tremenda hipocrisia a demissão do ministro da economia, Manuel Pinho. A atitude dele não foi bonita, mas, por favor, mais de metade do tempo que os nossos deputados passam na AR´, passam-no a insultarem-se e a dizer, por vezes, autênticas barbaridades. Insultos verbais ou corninhos, há assim tanta diferença???

Acho muito mais grave o ministro da economia de um país, neste caso Manuel Pinho, afirmar que desconhece o que se faz em Portugal, neste caso, desconhece que em Portugal se faz calçado de qualidade.




Eu sei que o senhor não é sapateiro, mas, mesmo correndo o risco de estar a dizer uma grande asneira, porque pouco entendo de economia, penso que o calçado faz parte dos nossos produtos exportáveis. Fica mal, fica muito mal a um ministro da economia dizer, para todos nós ouvirmos, que desconhece.
Na minha humilde opinião, muito pior que fazer uns corninhos, em vez de chamar um nome qualquer (como já aconteceu na AR e ninguém se demitiu ou foi demitido).

Além de ir à feira em Milão, em visita oficial, portanto, paga por todos nós, comprar sapatos italianos!!!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Já não há paciência para Cristiano, o Narciso!!


Não fui de férias... quem me dera! Apesar de continuar com imenso trabalho, o vírus bloguista já tomou conta de mim.

Hoje consegui vir um pouco mais cedo para casa, descansar um pouco... e ainda bem que o fiz. Porque hoje, caso não saibam, devia ser feriado nacional. Liguei aquela caixinha que nos informa sobre as coisas IMPORTANTES que acontecem no mundo e no nosso país, chamada televisão (por algum motivo a ligo cada vez menos), e, por incrível que pareça, em dois dos canais nacionais estão a transmitir, em directo, com pompa e circunstância, a apresentação que ocorrerá na nossa vizinha Espanha, mais concretamente em Madrid, da personalidade mais importante do nosso país, de seu nome Cristiano Ronaldo, assim como de todo o circo montado à sua volta.


Só uma grande personalidade justifica toda esta cobertura mediática. Que o facto de ele vir a Portugal seja notícia de abertura de um telejornal já é um pouco vergonhoso, na minha opinião. Agora que façam coberturas em directo da sua apresentação num clube noutro país... pelo amor da santa!!! Com tantas coisas importantes para falar?? Com tanto para resolver no nosso país??

Inicialmente até gostava de ver o CR jogar. Apesar de ser individualista, jogava bonito, e o futebol, se além de eficaz também for bonito, dá mais gosto ver. Depois o rapazito começou a ficar sem borbulhas, com uns músculos mais torneaditos, com brinquinhos de diamantes nas orelhas, roupa só de marca (nem sempre de muito bom gosto), e começou a ficar com o ego em Urano, e a arrogância a aumentar mais depressa que os nossos combustíveis. Numa palavra: insuportável.

Filas e filas de pessoas para ver passar sua excelência nos jogos da selecção, miúdos de papel e caneta na mão para obterem um autógrafo do seu ídolo, que não se pode misturar com o Zé Povinho. Afinal, as canetas para os autógrafos nem de prata eram!! Claro que se essas pessoas estão lá é porque querem, e não deve ser fácil estar sempre bem disposto e disponível para os fãs. Mas não são também os fãs que os "fazem"? Não é o povo que vai ver o futebol que também faz o futebol? Será que continuavam a jogar com os estádios vazios?? Será que o sr. CR ganharia tanto em publicidade se o povo não comprasse o que ele representa?

Além disto, tenho pena que a sua genialidade no futebol não se demonstre nos jogos da selecção. Ou que não façam uma reportagem, para acompanhar a de hoje, sobre as suas más prestações ao serviço da nossa selecção. Porque têm sido mesmo más. (Esta é só a minha opinião).

E ainda tem a mania que é bonito!!! Narcisismo ao seu mais alto nível! Mas, para mim, ele nunca terá o carisma de Luís Figo


Luís Figo

e, em termos de beleza, fica a anos-luz de alguns outros jogadores:

Pedro Pauleta


Estou farta de toda esta histeria à volta de um puto que mal sabe falar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Férias, precisam-se




Acho que nesta altura do ano o cansaço se apodera um pouco de todos nós. A contagem decrescente para as férias torna-se mais lenta, a paciência diminui.

Não sei bem se é a vida, ou melhor, a rotina diária que me cansa ou se sou eu que me sinto cansada dessa rotina. Talvez um pouco das duas. Sei que me sinto cansada. Às vezes apetece-me fechar os olhos e acordar noutra cidade, noutro país, noutro planeta, totalmente desconhecido. Noutra vida.

E quando começo a pensar assim, só posso concluir uma coisa: Preciso urgentemente de férias.