quarta-feira, 30 de junho de 2010

Adeus Mundial: Portugal - Espanha


Parabéns Eduardo! Grande jogo, grande guarda-redes! 
Parabéns Fábio Coentrão. Isso é garra!

Muito bem pensada a substituição do Hugo Almeida, das melhores decisões que já vi, quando se quer perder, claro.

O golo de Espanha foi obtido em fora de jogo? Há quem diga que sim e que sim. Mas isso não interessa. Não será o primeiro nem o último erro em futebol. Eles passaram, nós não.
Os jogadores mereciam mais (com o treinador que lhes calhou na rifa, até fizeram muito). Os portugueses mereciam mais.

terça-feira, 29 de junho de 2010

.................


Quando lhe perguntavam porque gostava dele, não sabia responder. Sorria, encolhia os ombros, e tentava... Tentava definir o porquê do que sentia, mas não conseguia. Conseguia definir um quadrado com facilidade, até um círculo ou uma árvore, mas como se define um sentimento? Nem sabia ao certo que nome lhe dar. Amor? Encanto? Ilusão? Paixão? Mesmo após  anos ainda não sabia. Sabia apenas que existia, o nome não importava.

Talvez enumerar as suas qualidades a ajudasse a definir. Mas não se gosta de outra pessoa apenas pelas qualidades que ela tem, ou as pessoas honestas, alegres, simpáticas, trabalhadoras, teriam uma fila de pretendentes à porta. O amor não obedece à razão nem à lógica.  O amor acontece sem se querer. Ela nunca quisera aquele amor. Ele viera e instalara-se a seu bel prazer, sem pedir licença sequer. Tivesse ele pedido licença e teria ficado na rua. O amor acontece por empatia, por magnetismo, porque os planetas estão desalinhados. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que  nos dá ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pelo olhar, pelo andar. Ama-se pelo sorriso. Ama-se pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Ama-se por tudo e por nada. Ama-se porque se ama. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu + tu = nós, ou, se não fosse assim: eu - tu = esquecimento.  Não funciona assim. Esse amor não nos consulta, não nos pede licença, não nos obedece. Não se define. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

By The Way LXXXI - Where is the love?



What's wrong with the world...
 .........................
... whatever happened to the values of humanity
Whatever happened to the fairness in equality
Instead in spreading love we spreading animosity
Lack of understanding, leading lives away from unity
That's the reason why sometimes I'm feelin' under
That's the reason why sometimes I'm feelin' down
There's no wonder why sometimes I'm feelin' under
Gotta keep my faith alive till love is found

Where's the love?

Desafio by S.zinha


Um desafio da S.zinha não posso negar! Desafiou-me a revelar seis tontarias que  goste.
- Gosto de actividade. Não consigo estar muito tempo quieta, sem fazer nada, que os bichinhos carpinteiros reclamam logo.
- Gosto de velocidade. Por mais que tente, raramente consigo andar dentro dos limites da lei.
- Gosto de dizer que sou persistente, mas na verdade sou teimosa que me farto. Quando meto uma coisa na cabeça, não descanso até a concretizar.
- Gosto de produtos de maquilhagem. Não que use muitos, mas gosto e sou a maquilhadora de serviço para as amigas.
- Gosto de ler. Ando sempre com um livro atrás de mim, até na carteira. Se tenho 15 minutos que seja sem fazer nada, aproveito para ler um bocadinho.
- Gosto de andar descalça. Verão e Inverno, é igual. Ando sempre descalça em casa. Chinelos é coisa que não existe cá em casa. Quando me moem muito o juízo porque ainda fico doente, calço meias, e já está.

E gosto de muito mais coisas...

domingo, 27 de junho de 2010

Mãos...


As mãos não foram feitas para estarem sozinhas. As mãos existem para encontrarem outras mãos.

Sem mãos... O que não poderíamos fazer, o que não poderíamos sentir e fazer sentir.
Com mãos... O que não fazemos, o que não sentimos e não fazemos sentir.
Mãos diferentes. Grandes, pequenas, esguias ou nem por isso. Brancas, negras, amarelas ou assim-assim. Mas não é a sua forma a característica mais importante, mas o que são capazes de fazer.
Há mãos que constroem, e mãos que destroem.
Há mãos que se abrem, e há mãos que se fecham.
Há mãos que cuidam, e há mãos que ferem.
Há mãos que dão vida, e há mãos que a tiram.
Há mãos que guiam, e há mãos que desviam.
Há mãos que mimam, e há mãos que agridem.

Há mãos que ajudam, e há mãos que prejudicam.
Há mãos puras, e há mãos sujas, muito sujas.
Há mãos generosas, e há mãos avarentas.
Há mãos que abrem horizintes, e há mãos que limitam.
Há mãos que encorajam, e há mãos que empurram para o abismo.
Há mãos que se procuram, e há mãos que que se evitam.
Há mãos grosseiras que espalham amor, e há mãos finas que provocam dor.
Há mãos que se levantam para defender, e há mãos que se levantam para bater.
Há mãos que se estendem, e há mãos que se escondem.
Há mãos que escrevem o amor, e há mãos que transpiram rancor.
Há mãos desejadas, e há mãos temidas. 
Há mãos que procuram outras mãos, e há mãos que fogem.
Há mãos que se encontram, e há mãos que não querem ser encontradas.
Há mãos, e há mãos.
 
Porquê tão diferentes, se todas têm o mesmo número de ossos, de músculos, de vasos e de nervos? Talvez porque a diferença não está nas mãos, mas no coração. 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

# Teorias 5: Ter mau feitio dá muito jeito


Teoria: Ter mau feitio dá muito jeito. 

- Está comigo hoje?
- Estou, pedi para vir para aqui. É mais fácil de aturar do que a M.
Passado pouco tempo: 1 hora, 2 horas, 3 horas sem lhe pôr a vista em cima.
- Que se passou?
- Desculpe, tive de ir ....
Esta engoli.

Próxima vez:
Desaparecia de meia em meia hora, durando cada desaparecimento cerca de 15 - 20 minutos.

Próxima vez:
1 hora, 2 horas, 3 horas sem lhe pôr a vista em cima.
- Outra vez?
- Tive de ir tratar de...
- Para a próxima, ou trata isso noutra altura ou peço para a mudarem daqui.
Esta não engoli. E lá se foi o mais fácil de aturar.

Não costumo ser antipática com as pessoas, sou até bastante tolerante e muitas vezes prefiro fazer o meu trabalho sozinha e sossegada e não me chatear. Mas tudo tem um limite, e eu também. Quando somos mais tolerantes, quando não temos por hábito levantar a voz, resmungarmos, sermos chatos e não temos qualquer problema em fazer tarefas que não nos competem, as pessoas abusam. Confudem tolerância com qualquer coisa que não sei bem o que é, burrice, lerdice, ou qualquer coisa parecida. Quando as pessoas têm um feitio desgraçado, não se atrevem sequer a ter certas atitudes. Por isso, a partir de hoje é oficial: tenho mau feitio!

terça-feira, 22 de junho de 2010

A ti, o melhor do meu mundo...


A ti, que és o melhor do meu mundo, peço:
Ensina-me a sonhar em cada dia da maneira que tu sonhas a cada instante,
A sorrir a cada pessoa da maneira que sorris ao vento,
A acreditar no mundo da forma que acreditas em cada olhar que te lançam com amor,
A rir e a chorar da maneira que o fazes no meu colo, sem fronteiras nem barreiras, com tanto sentir que muitas vezes já nem me lembro como é, 
A pôr o brilho das estrelas no olhar, da mesma maneira que tu fazes, 
A encarar cada novo dia como uma aventura, uma oportunidade para crescer e aprender,
A parar para admirar as pequenas coisas deste nosso mundo, como a joaninha que encontramos no jardim,
A rolar na relva sem medo de sujar a imagem que criei de mim. Ficas tão bonito sujo de terra e com cheiro a erva molhada!
Ensina-me que posso apanhar as nuvens e o sol, que posso dormir na lua sempre que quiser e deslizar no arco-íris sempre que dele me lembrar.
Ajuda-me a recuperar a pureza que tens espalhada no rosto e nos gestos e ajuda-me a ajudar-te a nunca a perderes.
Ajuda-me a não perder a capacidade de sonhar e a ajudar-te a concretizar os teus sonhos.
Logo à noite, quando estiveres a viajar para a tua terra dos sonhos, sereno e aninhado em mim, ensina-me a ser sempre merecedora da total confiança que em mim depositas, a ser sempre merecedora do amor incondicional que me tens e a ser sempre capaz de te saber deixar ser criança, a criança linda que és.
E quando já estiveres naquele mundo que é só teu, só me resta agradecer-te pelo tanto que todos os dias me dás e ensinas, pelo tanto que és na minha vida e por nunca desistires de me ensinares a ser um ser humano melhor.
Obrigada, meu filho lindo!

Estou aqui cheia de saudades do sr. Prozac, que foi passear na sua viagem de finalistas. Sim, agora são finalistas muitas vezes. Um passeio que começou ontem e só acaba hoje. Tive de pôr de lado o receio de o deixar ir. Temos sempre a tendência para os proteger, e nenhum lugar nos parece melhor para isso do que debaixo das nossas asas. Mas não os podemos pôr numa redoma.  Temos de os deixar crescer. Ele queria ir, e merecia ir. A esta hora ainda anda a correr, a saltar, dois dias preenchidos com actividades ao ar livre!  Sei que anda por lá todo contente, mas não vejo a hora dele chegar. Sei que quando sair do autocarro vai correr, saltar para o meu colo e  dar-me aquele abraço. E eu vou aproveitá-lo e saboreá-lo muito bem. Ele está a crescer demasiado depressa, e vou aproveitar todos os abraços, todos os beijinhos, todos os mimos, todos os colos. Não vai tardar muito a alguns deles ficarem para trás. Serão substitídos por outras coisas, acho eu.

ADENDA: O sr. Prozac chegou são, salvo e cheio de novidades. Adorou o passeio, as actividades, adorou tudo. Acho que tive mais saudades eu dele do que ele minhas :).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Olá, Verão!



E... Hoje começa o Verão! Meu lindo, lindo Verão! 
Dias grandes, com direito a um saltinho à esplanada ao final do dia;
Passeios na praia;
Conversas pela noite dentro, tendo como companhia uma suave brisa;
Churrascos e mais churrascos;
Comer gelados sem muito peso na consciência. Afinal, é preciso combater o calor!
Fruta! Tanta fruta boa! Ameixas, pêssegos, morangos docinhos;
Pessoas com ar mais alegre, mais coloridas;
Vestidinhos e sandálias;
Férias!
BENVINDO, VERÃO!

Momento ZEN - Qual Sprite qual quê!! :)


E foram sete! Para todos os gostos! :))
Não ganhamos nada! Errado. Hoje ganhamos. Ganhamos este jogo. Amanhã perdemos? Logo se vê. Este está cá, e é um resultado que causa impacto, pouco habitual em fases finais de Campeonatos do Mundo.

A equipa da Coreia é muito fraca! Está na fase final do Campeonato do Mundo, não está? Não é a equipa da 5ª Divisão D do Campeonato Regional, pois não? Então?  Porque devemos desvalorizar o que fazemos bem? Será que é uma tendência apenas nossa?

Claro que muita gente não gosta de futebol, não liga, etc, etc, mas acho que isto não é uma tendência apenas no futebol ou no desporto. Parece que em Portugal há alguma dificuldade em valorizarmos o que temos de bom, o que fazemos bem, um gosto especial em "deitar abaixo".  Já o que fazemos mal, bem, essa parte valorizamos bem.   Acho piada quando ouço, por vezes, alguma pessoas referirem-se ao  Cristiano Ronaldo como se fosse o pior jogador à face da Terra. Independentemente de se gostar ou não dele como pessoa (ou do que se conhece dele como pessoa), não há como negar a carreira que fez,  reconhecida internacionalmente. Ele não tem que provar que joga bem. Já provou!

A selecção da Selecção não foi do agrado de todos. Estamos num País livre (para já pelo menos) e todos temos direito à nossa opinião. Mas é a nossa selecção. Já disse anteriormente que gosto de futebol. Visto a camisola, principalmente quando é do meu País. Gostei do resultado de hoje. Força, Rapazes. Os sonhos estão ao alcance de quem os sonha e por eles luta!

Hoje...

 O passado já passou, voou, foi.
O futuro é um mistério. Será bom? Será mau? Será?
Mas,
Hoje é uma dádiva!
É um dia que não voltará a existir.
Será passado amanhã.
Não o poderei recuperar,
Nem um dos seus múltilplos minutos.
Vou desperdiçá-lo?
Porque o passado não me agrada,
Esperando pelo amanhã que talvez chegue?
Não!
Hoje é tudo que tenho agora.

sábado, 19 de junho de 2010

"A viagem não acaba nunca"


"Começar a ler foi para mim como entrar num bosque pela primeira vez e encontrar-me, de repente, com todas as árvores, todas as flores, todos os pássaros. Quando fazes isso, o que te deslumbra é o conjunto. Não dizes: gosto desta árvore mais que das outras. Não, cada livro em que entrava, tomava-o como algo único." José Saramago.

Ainda bem que o fez. Não vou dizer que era dos meus escritores preferidos, para ficar bonito, porque não era. Isso não impede que não reconheça o seu valor. Penso que foi um homem que menteve sempre a coerência dos seus ideais, que pautou a sua vida pelas suas convicções, verdadeiro consigo próprio, sem adoptar a postura de "carneirinho". Foi um homem que elevou o nome de Portugal na literatura mundial. Viu a sua obra reconhecida em vida, coisa rara, habitualmente, para os escritores portugueses. 

Se  houve obras dele que nunca li e que, confesso, coloquei de parte após algumas páginas, outras me encantaram. Em sua memória, deixo as suas próprias palavras: A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais o que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.

Até sempre!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Conversas Prozac


P- Tive A, A nas provas de aflição.
- Eu sei, filhote. P-A-R-A-B-É-N-S! Eu já sabia que ias ter boa nota!
...................
...................
P - Mamã, estavas a falar a sério quando disseste que já sabias as notas? 
- Claro! :)
P- Como é que soubeste?
- Eu não sabia as notas, filhote. Sabia que ias ter boa nota.
..................
P - Mas não devias fazer isso.
- Isso o quê?
P- Estar à espera. Imagina que eu não tinha boa nota. Ias ficar triste e eu não tinha culpa nenhuma!
(pois...)

E amanhã é o último dia de aulas. Terminou o primeiro ciclo. Parece que ainda ontem entrou pela porta da escola a primeira vez!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

# Teorias 4: Há...



Há pessoas optimistas. Há pessoas pessimistas. Há pessoas assim-assim. 
Há pessoas simpáticas. Há pessoas antipáticas. Há pessoas assim-assim.
Há pessoas boas. Há pessoas más. Há pessoas assim-assim.
Há pessoas felizes. Há pessoas infelizes. Há pessoas assim-assim.
Não sei se é a genética, se é o ambiente envolvente, ou, mais provavelmente, uma mistura dos dois que assim o determina. Há características que parecem inatas nas pessoas e que, mesmo que se esforcem, não conseguem alterar. Até aqui consigo entender.

Há pessoas a quem a felicidade alheia alegra. Há pessoas a quem a felicidade alheia não incomoda. E há pessoas a quem a felicidade alheia incomoda muito.
Pessoas que, quando vêem alguém feliz, não descansam enquanto não dizem a sua piadinha, enquanto não desbobinam uma lista interminável de senãos, enquanto não tentam destruir essa felicidade. Aqui a minha capacidade de compreensão sente-se deveras incompetente. Não acredito que essas tentativas de destruir a felicidade alheia, ou pelo menos tentar ensombrá-la, as faça felizes. Terão, talvez, um momento de prazer mórbido, que as torna mais mórbidas ainda, mais tristes. Não conseguirão compreender que, por vezes, por mais que tentem,  não conseguem que a felicidade e alegria dos outros simplesmente desapareça?  Tenho cá para mim que a capacidade de compreensão delas é ainda menor que a minha!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Obrigada, Dalai Lama!


  "... Não precisamos de mais dinheiro, não precisamos de mais sucesso, não precisamos do corpo perfeito, nem mesmo do parceiro perfeito, agora mesmo, neste momento exacto, dispomos da mente, que é todo o equipamento básico de que precisamos para alcançar a plena felicidade."  Dalai Lama

Tenho cá para mim que a mente é tão preciosa que merece mesmo que lhe dê um descanso! Diria até que, continuar a trabalhar neste momento, seria um atentado à saúde da minha mente, principalmente tendo em conta que esta se aproxima rapidamente de um curto-circuito.

Ainda está um bocadinho de sol lá fora! Desculpa, trabalhinho, mas quem sou eu para contrariar uma reflexão destas?

Viva o Santo António :)


E quando se chega ao fim do fim-de-semana mais cansada do que no início? Muito mau? Nem sempre!! E este foi um desses fins-de-semana. Sair um pouco da rotina faz bem, é até necessário, de vez em quando (se fosse sempre, passaria a ser rotina e deixaria de ter o mesmo efeito, digo eu).

O dia pode ter apenas 24h. Por um lado, se 24 horas nos parece muito pouco para tudo o que pretendemos fazer, por outro, as 24 horas podem ser muito bem preenchidas. Os planos de fim-de-semana prolongado no Alentejo foram alterados, e a decisão de ir até à capital foi tomada em segundos. Por maioria, decidida por mim e pela menina Invisível, rumamos a Lisboa no sábado, à hora do almoço. 

Com um excelente sentido de orientação, facilmente encontramos o que queríamos visitar. O passeio até Almada foi propositado, assim como a crise de identidade do meu carrito: eu sou um automóvel. Au-to-mó-vel! Não sou um pião para andar aqui às voltas!!, ia dizendo.  Voltas boas deram à massa  e ao recheio dos pasteizinhos de Belém que comi. Uma delícia!

Findas as voltas, chegou o telefonema que transformaria a nossa muito breve estadia em Lisboa, feito pela querida  Miss Complicações. Que agradável surpresa foi conhecer a Miss C! Nada complicado, na verdade. De uma simpatia extrema, que, tenho de confessar, não me surpreendeu. Foi assim que sempre a imaginei. Sim, porque virtual é virtual, mas há pessoas que, mesmo virtuais, são tão autênticas que ultrapassam esse plano. E lá fomos nós, todas contentes, jantar ao Bairro Alto e ver como se festeja o Santo António! A quantidade de gente nas ruas era impressionante! A noite foi diversão pura, com muita alegria e dança até às tantas, com direito a exercitar os passos de vários estilos musicais :).

Hoje é o primeiro dia de uma semana que se adivinha muito complicada. Estou cansada. Mas valeu a pena! 

Obrigada Miss Complicações, Pipoca dos Saltos Altos, Rosa Cueca, Dexter, e todos os outros. Um brinde à vossa simpatia! Foram fantásticos. Em momento algum nos sentimos como outsiders. Quase nem se notava a pronúncia do Norte! :)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O desencanto mora sozinho


As pessoas entram na nossa vida, ocupam um determinado lugar, e, por vezes,  deixam-no desocupado. Por motivos vários. Porque sim. A vida, o destino, une e separa as pessoas. Pessoas que nos fizeram muito felizes também podem sair da nossa vida. Quem, por algum motivo, um dia nos fez feliz, geralmente não é esquecido. Nem a pessoa, nem a a felicidade que nos proporcionou. Há pessoas que guardamos sempre no coração, com um carinho muito especial. São pessoas especiais para nós. São pessoas que sempre foram verdadeiras, que nos encantaram, que nos fizeram querer cantar, querer amar, querer viver. Com quem rimos. Por vezes também nos tiraram a vontade de cantar, também nos fizeram ter momentos menos bons. Mas são pessoas que têm sempre aquele encanto. Que, mesmo tendo seguido caminhos separados, nos despertam sempre sentimentos de carinho, em quem pensamos com um sorriso, um misto de saudade, de nostalgia, de recordações boas. Pessoas cuja passagem na nossa vida trouxe algo de tão bom, tão especial, que queremos mantê-las perto de nós, nem que seja nas recordações. Não significa que fiquemos agarrados a essas recordações, mas são recordações que guardamos porque significaram algo especial.

Nem sempre é assim. Pensava que nada poderia fazer esquecer alguém que um dia nos fez felizes. Muito ou pouco tempo, não interessa. A felicidade não se mede em dias, não se mede só no tempo que dura. Mede-se também no que perdura, no efeito que tem a mais longo prazo, no bem que nos faz e se perpetua, mesmo que a causa acabe. Mas não é verdade. Há algo que pode fazê-lo: o desencanto. O desencanto pode ser recebido também com um sorriso. Um sorriso triste. Um sorriso de tristes constatações que vamos somando, conforme essa pessoa se vai revelando. Oca. Vazia. Cheia de si própria. Tão cheia que não cabe mais nada excepto a própria vaidade, um ego que precisa de ser constantemente alimentado. O desencanto destrona  o carinho, a saudade, a raiva, a tristeza.

Não haverá nada mais triste do que passar pela vida de alguém e não deixar nada. Assim como é triste constatar que, em nós, também nada ficou. O desencanto dá lugar a nada. O desencanto mora sozinho.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A vida sem Engenheiros


Sem Engenheiros Electrotécnicos

Sem Engenheiros Civis

Sem Engenheiros Mecânicos
 
 
Sem Engenheiros Informáticos

Sem Engenheiros de Telecomunicações 
 

 Sem Engenheiros Aeronáuticos


Sem um certo diz-que-é-engenheiro

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pensar...


É engraçado como a vida muda, como o tempo pode ter um efeito completamente contrário ao que pensávamos. Muitas pessoas, em determinada fase da sua vida, terão pensado "eu penso demais". Mas até este simples pensamento já é pensar! Se é esta capacidade de pensar que nos distingue como seres humanos, devíamos ser capazes de mandar no pensamento. "Penso, logo existo", frase sobejamente conhecida e repetida ao longo dos tempos. Podíamos inverter a ordem das palavras, Existo, logo penso. Na verdade, é impossível não pensar. Mesmo quando nos perguntam em que estás a pensar? e repondemos em nada, tal não é possível. Podemos estar abstraídos, não conseguir definir o pensamento, mas não é possível não pensar em nada. Talvez quando dormimos, enquanto não sonhamos, tal aconteça. Se somos tão donos de nós, se somos donos da nossa razão, devíamos ser donos do nosso pensamento também. Mas não somos nós que mandamos neles, e sim eles que mandam em nós e, por vezes, conseguem trazer-nos momentos de angústia, sofrimento até. Porque pensamos. Pensamos que as coisas se vão passar de uma determinada maneira. Pensamos que vai ser muito difícil ultrapassar esta ou aquela situação.  Pensamos que vai ser impossível deixar de sentir o que sentimos. Pensamos e pensamos, enredamo-nos nesses pensamentos e sofremos. Esquecemo-nos que existe uma coisa chamada vida, que consegue ser mais forte do que nós.  Esquecemo-nos que esta tem a capacidade de nos surpreender, se nós deixarmos.

Por isso, quando a vida me surpreende, eu digo-lhe: OBRIGADA! 

sábado, 5 de junho de 2010

# Imagens que falam por si #


O fim de semana está a espreitar?



:) :) BOM FIM DE SEMANA! :) :)

Estejam onde estiverem, façam favor de sorrir muito!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Querer...


Não ver,
Não sentir,
Não saber,
Não saborear,
Não viver.

Ver e não ver o que se quer ver,
Sentir e não sentir o que se quer sentir,
Saber e não saber o que se quer saber,
Saborear e não saborear o que se quer saborear,
Viver e não viver o que se quer viver.

O que torna estes actos não-actos
Os actos sem ser, é o querer.
Querer! 
A liberdade de querer. A opção de querer. O querer querer. 
Mas é possível querer e não querer o que se quer. 
Querer pouco, muito pouco, e esse pouco ser tanto! 
Tanto, que faz a diferença entre querer e não querer, 
entre querer o que se quer e não querer o que não se quer.

Aprender a dizer eu quero
Eu quero o pouco que é tanto para mim. 
Eu quero o agora. 
Eu quero o sempre. 
O pouco, o muito. 
Mesmo que o agora demore, 
Mesmo que o sempre dure pouco,
Mesmo que o muito se transforme em nada.

Ver,
Sentir,
Saber,
Saborear,
Viver!
Querer! 

terça-feira, 1 de junho de 2010

Olhos de criança


Não há nada mais bonito do que os olhos e o sorriso de uma criança!
Nos olhos de uma criança a inocência baila em cada instante,
Nos olhos de uma criança vemos o mundo da esperança, 
Nos olhos de uma criança vemos promessas a concretizar,
Nos olhos de uma criança espelham-se a luz da lua e o brilho do sol.
Nos olhos de uma criança encontramos a paz e a alegria que nos foge,
Nos olhos de uma criança vemos a esperança que um dia perdemos.
Os olhos de uma criança fazem-nos voltar a acreditar, 
Ter vontade de aquele olhar recuperar.

O que seria do mundo sem as crianças? 
O que seria do mundo sem os olhares e os sorrisos das crianças? 

Nos olhos de uma criança deveria apenas existir a alegria.
Nos olhos de uma criança não deviam existir lágrimas.
Aos olhos de uma criança apenas devia ser apresentado o amor,
Aos olhos de uma criança apenas devia chegar o calor.
Os olhos de uma criança não deveriam turvar-se de fome e dor,
Os olhos de uma criança não deveriam ver o ódio e o rancor.

Os olhos de uma criança, seja qual for a sua cor,
Azuis, castanhos, verdes, dourados, lindos,
Têm todos, em si, o brilho e a cor do amor.
Que direito tem o mundo de lhes roubar essa cor?